terça-feira, 29 de maio de 2012

Relato de uma diretora

Este e-mail me foi passado por um colega, acredito que tenha fundamentos. Deixo o espaço aberto para que os dois lados mostrem suas versões.




Pessoal... 
Segue o relato de mais um absurdo e desrespeito pelo qual nós professores passamos. Conheço o trabalho da Míria há mais de 15 anos, excelente profissional, educadora por vocação e paixão. Não dá pra ficar quieta frente a um absurdo desses...Temos que divulgar. Ela tem meu apoio irrestrito!
Abs
Noeli


RELATO DA DIRETORA AUXILIAR MIRIA F. DE ASSIS CHEPAK
 
   Eu, Miria Freitas de Assis Chepak,diretora auxiliar do Colégio Estadual Amyntas de Barros no Município de Pinhais,venho relatar a situação constrangedora que passei nos dias 22 e 23 de maio onde a ouvidoria da SEED me procurou para esclarecimentos da denúncia do aluno Maicon Roberto de Lima Moraes de vinte anos, matriculado no 2º ano do Ensino Médio no período noturno.Relatei que no dia 17/05 o aluno estava gazeando aula na quadra esportiva e recusou-se a entrar na sala,discutindo com a inspetora e chutando a bola dizendo” vai pegar otária”, depois disso desacatou a diretora e pedagoga e saiu da Escola, após o ocorrido, sua mãe ligou para a diretora xingando-a de “ vadia”. Comuniquei ao ouvidor que o aluno não tem limites e não respeita professores e funcionários e que fizemos a ata do ocorrido, bem como um Boletim de Ocorrências na delegacia. Diante de todos os fatos, a ouvidoria, primeiro na pessoa do Sr. Kury (22/05) depois o Sr.Petry ( 23/05) alegaram que o aluno tem o direito de continuar estudando e que ele poderá ser transferido somente quando ele quiser , encaminhando o aluno para a Escola novamente. Eu argumentei e tentei relatar todas as situações de desrespeito ocorrido nos últimos três anos pelo aluno e fiquei indignada com a falta de compreensão dos ouvidores que menosprezaram as atitudes pedagógicas da escola questionando minhas explicações e alegando sempre os direitos do aluno dizendo que a escola não está sabendo lidar com a situação e que eu não poderia chamar a patrulha escolar nesta situação, mesmo eu alegando todo o desacato do aluno e que ele não atende as solicitações de diálogo com a equipe pedagógica e direção escolar. Não vou relatar agora todos os detalhes de constrangimento que passei durante a conversa com os ouvidores, mas tentei justificar nossas atitudes e  disse que iria convocar o Conselho Escolar para me ajudar com a situação e o ouvidor Petry disse que nem mesmo o Conselho teria autonomia na decisão deste aluno que quer continuar na Escola. O pior de tudo que ele conversou comigo por telefone diante deste aluno e disse que ele tem que saber dos seus direitos e depois disso ligou para a pedagoga Sebastiana para ela providenciar a entrada deste aluno hoje, ficando no portão da Escola para recebê lo e zelar para que o mesmo não seja ferido em sua integridade, insinuando que estamos agredindo ao aluno em situação contraria ao que vem ocorrendo. E onde ficam nossos direitos de sermos tratados com dignidade e respeito enquanto funcionário público da instituição de ensino? A quem  recorrer nas situações de desacato se a própria ouvidoria da SEED nos oprime julgando nos incapazes diante das decisões do Colegiado Escolar?
Gostaria de contar com o apoio do NREAM- Norte, dos diretores e professores de Pinhas que conhecem meu trabalho na área da Educação, pois acredito ainda que somente assim, conseguiremos transformar a realidade social.   
                                     
 Pinhais, 23/05/2012
 
 Miria F.Assis Chepak

Um comentário:

  1. No caso da diretora Miria Shepak sugiro que convoque reunião com a liderança dos pais de alunos e exponha a situação. Dessa forma deverá ser redigido um documento de apoio direcionado informando o fato às instancias superiores ao SEED, cobrando providências. A decisão de um grupo de pais como por exemplo a APM tem representatividade para tal. Os contatos do SEED que contrariaram a diretora estão ou estão protegendo indevidamente o aluno em questão ou manifestam completam ignorância no estatuto que rege o funcionamento de uma escola. A não observância disso vai contra toda a política do MEC.

    ResponderExcluir

Dê sua opinião!