terça-feira, 6 de setembro de 2011

Brasileiros descobrem uma das causas da leucemia

Leucemia linfoide aguda
A descoberta sobre a leucemia é fruto da pesquisa de Priscila Pini Zenatti, pesquisadora do Boldrini e aluna da Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp.[Imagem: Everaldo Silva/Unicamp]

Um artigo descrevendo pela primeira vez uma mutação ativadora na proteína IL7R (Receptor da Interleucina 7) foi publicado hoje pela revista Nature Genetics.
Entre os autores estão os pesquisadores brasileiros Priscila Pini Zenatti, André Silveira, Jörg Kobarg, Silvia Brandalise e José Andrés Yunes, dos Centro Infantil Boldrini, referência nacional em tratamento de câncer infantil, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A pesquisa levou cinco anos para ser concluída e revela que a proteína IL7R defeituosa leva à proliferação descontrolada das células na leucemia linfoide aguda T (LLA-T).
Foram estudados 201 pacientes com leucemia linfoide aguda T, sendo 68 provenientes do Centro Infantil Boldrini, de Campinas.

Novo alvo para tratamentos
O estudo revelou que cerca de 10% dos pacientes com leucemia linfoide aguda T possuem a mutação IL7R.
Esta descoberta é fruto da pesquisa de Priscila Pini Zenatti, pesquisadora do Boldrini e aluna da Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp.
Ela contribui para a identificação e a compreensão de um novo mecanismo, responsável pelo surgimento da leucemia infantil.
Em curto prazo, essa mutação poderá ser usada como um novo alvo para o desenvolvimento de drogas específicas para o tratamento da leucemia infantil.
Fonte: Diário da Saúde
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Mais uma importante contribuição da ciência brasileira, mas isso só é possível porque alguém estudou e se apropriou do conhecimento. Não adianta de nada você, apenas estar com o corpo na sala de aula. Ontem visitei um colégio e no muro do mesmo havia uma frase, se não me engano de Mário Quintana que dizia algo assim "Democracia é dar oportunidade para todos terem um mesmo ponto de partida, quanto a chegada depende da capacidade de cada um". Motivar o aluno é algo complicado, quando o próprio aluno não encontra motivo para estar na aula. Lembre que existe muito para aprender e muito para você contribuir.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Megamamíferos peludos surgiram no Tibete, sugerem fósseis

Ao longo da última Era do Gelo, uma multidão de versões felpudas dos grandes mamíferos que conhecemos --rinocerontes, cavalos, cabras e bovinos cobertos com uma grossa camada de pelo-- tomaram conta do planeta. Um novo estudo indica que a revolução peluda começou no remoto Tibete.
O caso mais claro é o dos rinocerontes-lanosos, bichos que, até pouco mais de 10 mil anos atrás, viviam da China à Itália e garantiam o churrasco de boa parte dos caçadores humanos da Eurásia, além de fornecer (involuntariamente) seus chifres como matéria-prima para lanças.
Acontece que o mais antigo membro do gênero dos rinocerontes-lanosos acaba de ser desenterrado no Tibete pela equipe de Xiaoming Wang, da Academia Chinesa de Ciências e do Museu Municipal de História Natural de Los Angeles.
Batizado de Coelodonta thibetana, o bicho de 3,7 milhões de anos possui todas as características anatômicas de seus parentes mais recentes, a começar pelo focinho aparentemente adaptado para remover neve do solo, facilitando a busca de comida.
Wang e companhia apostam que os rinocerontes-lanosos desenvolveram as adaptações cruciais para o frio nas neves eternas do Tibete e, conforme a Era do Gelo avançava, conseguiram se espalhar pela Eurásia.
Outros peludões, como os bisões e os carneiros-monteses, podem ter seguido o mesmo caminho ao longo do período glacial, atingindo até a América do Norte. A pesquisa está na edição desta sexta-feira da "Science".
Fonte: A Folha de São Paulo.