sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Livraria Nota 10

Em breve o Nota 10 vai comercializar livros. E apenas livros escritos por professores. É um projeto novo, que tem a finalidade de divulgar o conhecimento produzido pelo autor. De acordo com o jornalista Helio Marques, que está à frente deste projeto, muitas vezes o professor edita mil, dois ou três mil exemplares, vende uma pequena quantidade na noite de autógrafos e o restante fica encaixotado, sem distribuição, muitas vezes porque o professor não encontra um canal adequado para isso ou até mesmo falta tempo para a comercialização. “Pensando nisso então criamos a livraria no site para ajudar o professor a divulgar suas obras”, explica. Podem ter livros na livraria do site professores de todo o Brasil, de todas as áreas de ensino, da educação infantil à pós-graduação. Então, se você se enquadra nesta situação, entre em contato com o site, pelo telefone (41) 3044-6273 ou pelo e-mail helio@nota10.com.br.

Nanotecnologia substitui quimioterapia para tratar linfoma

Nanotecnologia substitui quimioterapia para tratar linfomaNanotecnologia substitui quimioterapia para tratar linfoma: Pode ser possível tirar proveito do próprio colesterol para destruir o linfoma - sem usar quimioterapia.
Após enganar a célula tumoral, a estrutura esponjosa da nanopartícula de ouro suga seu colesterol, impedindo que a célula se alimente. [Imagem: Northwestern Medicine]

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Morte de índia extingue idioma e cultura de tribo amazônica


Anciã Bose Yacu era a última a falar língua e manter tradições dos pacahuaras, originalmente da Amazônia peruana.



Busi morreu pouco depois da visita da BBC à sua tribo, no interior da Amazônia boliviana

Em uma voz firme e profunda, Bose Yacu entoa os cânticos que ela aprendeu com seu pai na região boliviana da floresta Amazônica, há 50 anos.
"Meu pai, Papa Yacu, cantava esse quando ele via trilhas de porco e saía para caçar... já esse outro, quando colhia amêndoas... e esse outro era para mostrar que vínhamos em paz, quando visitávamos alguém", explica Bose, ao fim de cada canção.
Sentada do lado de fora de sua casa feita de madeira, Bose – uma mulher magra com longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo – era a mais velha dos pacahuaras e a única que ainda mantinha algumas das tradições da sua tribo, como usar uma franja e um pequeno pedaço de pau em seu nariz, com uma pena vermelha de cada lado.

Quando eu a visitei em seu vilarejo, em setembro, senti que suas histórias e cânticos escreveriam o último capítulo da história de sua tribo.
Fonte: O Último Segundo

Professora alérgica a giz consegue liminar para dar aulas em lousa digital

Decisão da Justiça obriga Prefeitura de Araraquara a instalar equipamento. Juiz do trabalho considerou laudos médicos atestando doença alérgica.
LINK DA NOTÍCIAhttp://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/01/professora-alergica-giz-consegue-liminar-para-dar-aulas-em-lousa-digital.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Descoberta molécula de DNA de hélice quádrupla

Descoberta molécula de DNA de hélice quádrupla: O DNA quádruplo parece estar intimamente ligado a processos de replicação rápida de células, abrindo novas esperanças de tratamento para o câncer.

Projeto permite que professor acumule ensino com cargo administrativo



Leonardo Prado
Andreia Zito
Para Andreia, a acumulação é plenamente viável.
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 219/12, da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ) e outros, que permite a acumulação de um cargo público de professor com outro cargo administrativo. Atualmente, a Constituição permite a acumulação de cargo de professor apenas com outro técnico ou científico – a PEC mantém essas possibilidades.
Na avaliação da deputada, é “plenamente” viável que servidores públicos acumulem o papel de professor em instituições públicas federais, estaduais ou municipais, com outro cargo, de natureza administrativa, também fruto de aprovação em concurso público. Para Andreia, a medida pode “imprimir maior dose de realidade mercadológica ao ensino que hoje é oferecido”.
Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai analisar a admissibilidade da PEC. Caso seja aprovada, a proposta será analisada por uma comissão especial e, depois, encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos.
Fonte: Site Camara de Notícias

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Bioconcreto usa bactérias para curar-se sozinho de trincas

Bioconcreto usa bactérias para curar-se sozinho de trincas: A calcita produzida pelas bactérias funciona como um preenchimento que sela as rachaduras do concreto.

O ministro da Educação Aloizio Mercadante anda tão encantado pela alta tecnologia, que pode colocar os alunos brasileiros em risco de completa imbecilização.

Em 18 de janeiro de 2013 13:16, Ieda Maria Gomes Gré da Silva <iedamariagre@gmail.com> escreveu:
LUÍS ANTÔNIO GIRON -REVISTA ÉPOCA - 17/01/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ

A tecnologia é obviamente fascinante e tem o poder de hipnotizar as multidões, quanto mais seus autoassumidos líderes. Mercadante, cuja formação não é em Pedagogia e sim em Economia (seria, então, um `ignorante pedagógico`?), parece ser mais uma presa da narcose e a alienação tecnológicas que assolam o Brasil e o mundo. Isso tem sido rotina no campo das artes e dos espetáculos: ninguém escapa de usar os novos aparelhos e de mergulhar nos smartphones, feito o personagem Gollum eletrizado (e destruído) pelo precioso anel que achou por acaso. No entanto, quando se trata da formação de jovens, eleger a tecnologia como a panaceia universal afigura-se como o mais deprimente desastre.
Vou tentar analisar as novas ideias do ministro e assim demonstrar que ele está fadado a cometer o maior equívoco de sua carreira: tomar os professores por ignorantes e jogar os alunos no poço dos leões da tecnologia da informação, confundindo-a com a solução final da educação. Por fim, vou aconselhar o ministro (que pretensão, mas não posso evitar) a adotar uma estratégia menos devastadora para capacitar os professores e seus alunos. Não que isso pareça preocupar o ministro. Ele, pelo jeito, só quer brilhar com um discurso que pensa ser “inovador”.
Comecemos pelo discurso que Mercadante fez na terça-feira em São Paulo. Ele afirmou que os professores brasileiros não passam de“analfabetos digitais”. Ele argumenta que os professores precisam aprender o abecedário da informática para acompanhar a nova geração - esta, sim. formada em tecnologia da informação e, por conseguinte, mais apta a conhecer e interpretar o mundo contemporâneo. Baseado nessa“verdade”, anunciou que, para começar o processo, seu ministério irá distribuir dezenas de milhares de tablets aos professores da rede pública de todo o Brasil para solucionar o“déficit digital” das hordas autóctones de educadores que infelizmente povoam o Brasil com sua falta de conhecimento.
Ou bem Mercadante está sendo um inocente útil, ou tem coisa aí. Ele proferiu seu discurso ao lado do professor americano Salman Khan, fundador da Khan Academy, que oferece pelo site YouTube aulas em cinco idiomas, inclusive em português e estava no evento para divulgar sua instituição. É o que Khan denomina “a maior sala de aula do mundo”. No seu livro recém-lançado no Brasil, Um mundo, uma escola – a educação reinventada (Intrínseca, 256 páginas, R$ 24,90, e-book: 19,90), Khan faz uma afirmação sedutora. Diz que não vê motivo econômico “para que estudantes do mundo inteiro não tenham acesso às mesmas lições que os filhos de Bill Gates”. Diz além: “Quando se trata de educação, nãos e deve temer a tecnologia, mas acolhê-la. Usadas com sabedoria e sensibilidade, aulas com auxílio de computadores podem realmente dar oportunidade aos professores de ensinarem mais e permitir que a sala de aula se torne uma oficina de ajuda mútua, em vez de escuta passiva”.
São ideias razoáveis, mas soam superficiais, boas demais para ser verdade. A impressão é de que Khan atua como um daqueles vendedores de xarope do Velho Sul (ele é da Louisiana), prometendo milagres aos indígenas e aos broncos dos vilarejos. E que usa Mercadante para vender seu sistema de ensino, como qualquer outro representante comercial de editora didática ou de cursinho. Se ele conseguir um contrato do governo, vai ficar mais rico que o ilustrador e escritor Ziraldo (cujos cartuns infantojuvenis são adotados do Oiapoque ao Chuí como de fossem obras didática), distribuindo seu produto miraculoso para centenas de milhões de escolas. Mas pode ser impressão.
Nosso ministro da Educação está embarcando no conto de Khan. Tomara que ele esteja certo e aconteça uma revolução educacional– e cultural – no Brasil. Não acredito em milagres. Os grandes projetos estruturais de educação nas nações mais desenvolvidas – como Estados Unidos, Inglaterra, Suécia e França – se constroem a partir de bases sólidas de pesquisa e desenvolvimento das várias disciplinas. Contam com o apoio governamental para formar educadores e dar oportunidade aos alunos. Reúnem corpos docentes e dicentes em ambientes de interação e toca de ideias e pesquisas.
Não há, portanto, segredo para um projeto de educação eficiente: trata-se de consolidar o conhecimento com todos os meios disponíveis, inclusive os digitais. É nisso que Mercadante poderia pensar. Mas ele parece ter pressa em distribuir tablets para os que ele chama de “analfabetos”. Dessa forma, mesmo sem querer e com a melhor das intenções, poderá transformar transformar a rede pública de ensino em um gigantesco centro de diversões eletrônicas, em uma mega-lan-house. Tenho experiência nos efeitos que o uso dos gadgets digitais – como smartphones, laptops e tablets – provocam nos jovens: em vez de virar ferramentas de aprendizado, tornam-se veículos de fuga, distração e diversão. Em vez de estudo, videogames e redes sociais. Basta experimentar ler um livro em um tablet: a tentação é de fazer tudo menos ler. Os aparelhos digitais de ponta, até hoje, só arrancaram os estudantes de suas tarefas. Não conheço solução para isso até este momento. E agora os professores vão se converter em consumidores de aplicativos. Vão se viciar em joguinhos eletrônicos, em pesquisar qualquer coisa no Google e em atualizar seus status no Facebook– alguns já fazem isso há algum tempo. Um dia teremos saudades dos tempos em que eram “analfabetos digitais”, mas alfabetizados no conhecimento.
Espero que Mercadante desperte de seu estado de torpor informacional. Tenho vontade de sussurrar ao seu ouvido: “Ministro, acorde!” De uma vez por todas, não são os tablets, os celulares e outras traquitanas digitais que vão alfabetizar e transformar alguém. A solução será promover uma revolução nos currículos, na formação e nos sistemas e no modo como encaramos o conhecimento. Antes de combater o tal “analfabetismo digital”, é preciso erradicar o escandaloso analfabetismo funcional de muitos brasileiros. O resto é enganação. Meus queridos mestres, continuem assim, analógicos e offline. É melhor ser ignorante digital que geek idiota.