sexta-feira, 25 de abril de 2014

5 sites gratuitos ensinam a criar livros digitais

DA REDAÇÃO - PORVIR - 23/04/2014 - SÃO PAULO, SP
No dia 23 de abril é celebrado o dia internacional do livro, data instituída pela Unesco em 1995. Aproveitando esse momento, que tal acompanhar a evolução dos suportes de leitura? Do papiro aos tablets, ao longo da história, os livros passaram a utilizar novos formatos para se adequar aos avanços tecnológicos. Atualmente, as novas tendências são os e-books. Além de serem interativos, eles também podem reduzir os custos de impressão e o gasto de papel. Mas, essas não são as únicas vantagens. Os livros eletrônicos podem ser uma ótima opção para professores e alunos desenvolverem seus próprios conteúdos.
Se antes era necessário recorrer às editoras para a publicação de um livro, hoje é possível criar um e-book e compartilhar o resultado final na internet. Com essa facilidade, podem surgir novas opções de materiais que proporcionam experiências de ensino personalizado. Para auxiliar educadores, alunos, ou até mesmo usuários que desejam se aventurar por esse universo, o Porvir separou uma lista de 5 sites gratuitos que permitem criar livros digitais.
Confira algumas opções:
1. Myebook
Com essa ferramenta o usuário pode criar e editar livros digitais de forma simples e personalizável. Ao iniciar um novo projeto, é possível escolher o número de páginas e optar por desenvolver a publicação a partir de um modelo pronto ou começar do zero. Para os que desejam adaptar um arquivo, também existe a opção de importar um documento em PDF.
Além de inserir textos, a plataforma permite a criação de recursos interativos com vídeos, áudios, documentos, imagens e arquivos em flash. Após a conclusão do projeto, o livro pode ser disponibilizado no site para consultas. A ferramenta está disponível apenas em inglês.
2. Livros digitais
Desenvolvida pelo Instituto Paramitas, a plataforma pode ser utilizada por alunos e professores para criação e publicação de livros eletrônicos. Com aplicações simples, uma das vantagens da ferramenta é estar disponível em português e ter fácil usabilidade.
No site, o usuário pode formatar o seu livro, escolher modelos de capas e adicionar páginas com quatro layouts pré-estabelecidos, permitindo inserir textos e imagens. Após a finalização do projeto, o livro pode ser convertido em PDF, no formato A4, ou também é possível compartilhar a obra nas redes sociais.
3. Papyrus
O Papyrus é um editor on-line que permite a criação de livros digitais para serem exportados no formato PDF, Epub ou Kindle. Para começar um projeto, é necessário escolher entre 25 modelos disponíveis. Com base nesses formatos, o usuário pode fazer adaptações, adicionar capítulos, inserir imagens e textos.
Embora seja possível seguir apenas modelos pré-formatados, a ferramenta possui alguns recursos de customização, incluindo o estilo de texto, alinhamento, formatação e inserção de links. Ela já está disponível em português.
4. Playfic
A plataforma não possui muitos atrativos visuais, mas possibilita a criação de livros digitais interativos. O usuário pode criar uma narrativa e colocar nas mãos de seu leitor escolhas que alteram o fim da história. A plataforma não usa gráficos e sons, mas o dinamismo é garantido pela possibilidade de avançar páginas ou parágrafos e de alterar o rumo da história.
O Playfic usa linguagem de programação simples, que permite a criação de verdadeiros jogos com a utilização de recursos textuais. A ferramenta pode ser interessante para estimular o desenvolvimento da capacidade de leitura e escrita.
5. ePub Bud
O ePub Bud foi desenvolvido para criar livros digitais infantis para iPad. A ferramenta permite subir arquivos ou criar publicações para serem acessadas pelo tablet. Com a ferramenta, os usuários podem disponibilizar as produções gratuitamente ou optar por vender sua criação.
Além de desenvolver as próprias histórias, a ferramenta permite navegar pelas criações de outros autores, podendo fazer o download desse conteúdo. A plataforma possui um acervo com diversos livros digitais gratuitos para crianças.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Dia do Indio! Saiba mais.



A iniciativa da escolha de 19 de abril para a comemoração do Dia do Índio ocorreu na cidade de Patzcuaro, no México, em 1940, durante o primeiro Congresso Indigenista Interamericano, que tinha por objetivo possibilitar aos governos da América os princípios indispensáveis às políticas indigenistas. A validação dessa institucionalização, no Brasil, se deu no dia 2 de junho de 1943 por intermédio do Decreto Lei n.0 5.540/43, assinado pelo presidente Getúlio Vargas (1882-1954).
Temos mais de 200 povos indígenas brasileiros, com características culturais e línguas (Jê, Tupi, Karibe, Pano e Aruak) diferentes. Por isso, os educadores devem retratá-los como sujeitos históricos não genéricos, pois, de acordo com Maria Elisa Ladeira, da Universidade de São Paulo (USP) e Luiz Augusto Nascimento, assessor do Projeto de Educação do Centro de Trabalho Indigenista (CTI):
“(...) as escolas dos não índios reforçam a ideia de um índio genérico, mostrando um indivíduo estilizado. Professores acentuam o arco, a flecha, a rede, o penacho e a oca como os únicos artefatos do (s) índio (s). Ensinam que Tupã é o deus único e que todos os indígenas no Brasil são falantes de língua Tupi. Durante muito tempo, os índios foram retratados nos livros didáticos seguindo essa concepção, que enfoca os indígenas como personagens distantes da nossa realidade prestes ao desaparecimento, e que devem ser relembrados no dia 19 de abril.”
Conhecer, compreender e valorizar as formas de ser dos povos indígenas são valores humanos que devem fazer parte do imaginário educacional, principalmente dos professores de história. Um dos exemplos é o conhecimento de sua dieta alimentar.

Dieta Mbya-Guarani

Atualmente, muitos índios não têm terras demarcadas ou o terreno não é bom. Sofrem por não poderem plantar sementes de sua dieta alimentar e contam com doações. Zélia Maria Bonamigo, jornalista e mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Paraná, que estudou a economia dos Mbya-Guaranis da Ilha da Cotinga, em Paranaguá-PR, participou de uma entrevista sobre o tema:
Jorge- Os índios são consultados sobre o que desejam receber como doações?
Zélia- Em geral não são. Acabam recebendo muitos alimentos que não fazem parte de sua dieta alimentar tradicional, que é composta basicamente por milho, mandioca, batata doce, mel, melancia, ou seus derivados, e de erva-mate e fumo, que têm sentido específico em seus rituais.
Jorge - As doações são entendidas pelos Mbya-Guaranis como assistencialistas por não serem consultados?
Zélia - Todas as doações que chegam à aldeia são aceitas com alegria. Observo, no entanto, que eles não se contentam em recebê-las passivamente. Os alimentos acabam intermediando algo mais duradouro, que são as relações sociais entre eles e os outros. Já que são doados muitos alimentos da dieta dos não índios, eles os incorporam à sua dieta da mesma forma que procuram estabelecer alianças com os não índios. Assim, mesmo que, de início, uma doação chegue de forma assistencialista, ganha outros significados. Mas é importante que nos acostumemos a consultá-los. Além de respeitoso e educativo é, também, uma prática significativa da escuta do Outro.

fonte: Nota 10 publicações http://www.nota10.com.br/Artigos-detalhes-Nota10_Publicacoes/4616/dia_do_indio_e_educacao_escolar