sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Neurônios comunicam-se à distância por meio de campos elétricos

Redação do Diário da Saúde 
(colaboração prof. Haroldo)

Nunca havia sido alcançado tal nível de resolução espacial e temporal na detecção de sinais elétricos no cérebro, o que ajudar a explicar a novidade das descobertas.[Imagem: Anastassiou et./Nature Neuroscience]

Neurônios wirelessVocê certamente já ouviu falar de neurônios e sinapses e como essas conexões fazem nosso cérebro funcionar.
Mas essa provavelmente não é a história toda.
Cientistas acabam de descobrir que os neurônios apresentam um comportamento coordenado mesmo quando não estão fisicamente conectados entre si por sinapses.

Campos elétricos no cérebroO cérebro, estejamos acordados ou dormindo, está mergulhado em uma constante atividade elétrica - uma atividade que não se limita às conexões entre neurônios se comunicando uns com os outros.
Na verdade, o cérebro está envolvido em inúmeras camadas sobrepostas de campos elétricos, gerados pelos circuitos neurais de inúmeros neurônios que se comunicam continuamente.
Até agora, esses campos eram vistos como um "epifenômeno, uma espécie de 'bug' cerebral, que ocorrem durante a comunicação neural," conta o neurocientista Costas Anastassiou, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos,
O novo trabalho de Anastassiou e seus colegas, no entanto, sugere que os campos elétricos do cérebro fazem muito mais e podem, de fato, representar uma forma adicional de comunicação neural.
"Em outras palavras", diz Anastassiou, "enquanto os neurônios ativos dão origem aos campos elétricos extracelulares, os mesmos campos retroalimentam os neurônios e alteram seu comportamento", mesmo que os neurônios não estejam conectados fisicamente - um fenômeno conhecido como conexão ou acoplamento efático.

Novo meio de comunicação neural"Até agora, acreditava-se que a comunicação neural ocorresse em aparelhos localizados, as sinapses. Nosso trabalho sugere um meio adicional de comunicação neural através do espaço extracelular, independente das sinapses," diz o cientista.
Os campos elétricos extracelulares existem em todo o cérebro, embora sejam particularmente fortes e robustos em regiões específicas, como no hipocampo, que está envolvido na formação da memória, e no neocórtex, que se acredita ser a área onde as memórias de longo prazo são guardadas.
"As flutuações contínuas desses domínios extracelulares são a marca registrada de um cérebro vivo e funcionando em todos os organismos, e sua ausência é um forte indicador de um cérebro em coma profundo, ou mesmo morto," explica Anastassiou.
Anteriormente, os neurobiólogos assumiam que esses campos eram capazes de afetar, e mesmo controlar, a atividade neural, somente durante condições patológicas graves, como convulsões epilépticas, as quais induzem campos muito fortes.
Poucos estudos, entretanto, tinham efetivamente avaliado o impacto dos campos não-epilépticos, muito mais fracos, mas muito mais comuns.

Eletrodos no cérebro"A razão é simples", diz Anastassiou. "É muito difícil conduzir um experimento in vivo na ausência de campos extracelulares" para observar o que muda quando os campos não estão presentes.
Como não poderia ser de outra maneira, os experimentos foram realizados em cérebros de ratos, focando alguns campos oscilantes, chamados potenciais de campo local, que surgem a partir de poucos neurônios.
Para fazer isso, foi necessário colocar microeletrodos dentro de um volume equivalente ao de uma única célula do corpo humano - a distâncias de menos de 50 milionésimos de metro um do outro. Nunca havia sido alcançado tal nível de resolução espacial e temporal, o que ajudar a explicar a novidade das descobertas.

Campos elétricos afetam o cérebroO achado mais inesperado e surpreendente, em relação ao saber da neurociência atual, foi que mesmo esses domínios extracelulares extremamente fracos são capazes de alterar a atividade neural.
"No cérebro dos mamíferos, nós sabemos que os campos extracelulares podem facilmente ultrapassar 2 ou 3 milivolts por milímetro. Nossos resultados sugerem que, sob tais condições, o efeito se torna significativo," diz o pesquisador.
E será que campos elétricos externos teriam efeitos similares sobre o cérebro?
"Esta é uma pergunta interessante," respondeu Anastassiou. "De fato, a física dita que qualquer campo elétrico externo terá impacto sobre a membrana neuronal. Porém, o efeito dos campos impostos externamente também vai depender do estado do cérebro. Pode-se pensar no cérebro como um computador distribuído - nem todas as áreas do cérebro mostram o mesmo nível de ativação em todos os momentos."
"Se um campo imposto externamente vai impactar o cérebro também depende a qual área do cérebro o campo é dirigido. Durante as crises epilépticas, campos patológicos podem atingir até 100 milivolts por milímetro - esses campos interferem fortemente nos disparos neurais e dão origem a estados super-sincronizados."
E isso, acrescenta o pesquisador, sugere que a atividade de um campo elétrico - mesmo de campos elétricos externos - sobre certas áreas do cérebro, durante estados cerebrais específicos, pode ter fortes efeitos cognitivos e comportamentais.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Avaliações

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A melhor forma de aprenderUma prova não é apenas um mecanismo de avaliar o quanto uma pessoa aprendeu. De acordo com uma nova pesquisa, ela pode efetivamente auxiliar no aprendizado e ainda funcionar melhor do que uma série de outras técnicas de estudo.
Numa pesquisa publicada há poucas semanas na revista Science, alunos universitários tiveram que estudar um texto científico e, depois de uma semana, foram avaliados sobre o aprendizado do seu conteúdo. Os que fizeram uma prova sobre o texto logo após a sua leitura tiveram um aproveitamento aproximadamente 50% melhor do que os alunos que utilizaram outros dois métodos tradicionais de estudo.
Um desses métodos – ler o material diversas vezes – é muito popular entre os estudantes que lêem e relêem todo o material antes das provas. O outro – desenhar diagramas detalhados sobre o assunto – é estimulado por muitos professores porque força os estudantes a fazerem ligações entre fatos.
O interessante é que esses outros métodos não são apenas populares, mas também passam a ilusão ao estudante de que são melhores. Essa constatação foi feita pelos próprios pesquisadores, que pediram para esses alunos fazerem uma previsão de quanto eles lembrariam na semana seguinte com o método utilizado. Os que fizeram a prova após lerem o texto previram que eles lembrariam menos do que os outros estudantes previram, mas o resultado foi justamente o oposto.
Mas isso significa que devemos instituir mais provas nas escolas? Não necessariamente. Alguns especialistas dizem que algumas provas não são oportunidades de aprendizado e que precisamos de um tipo diferente de prova.
Durante a pesquisa, os estudantes foram divididos em quatro grupos. Um apenas leu o texto durante cinco minutos. Outro estudou o texto em quatro sessões consecutivas de cinco minutos.
Um terceiro grupo desenvolveu um mapa conceitual onde, com o texto em sua frente, organizou a informação em um diagrama, escrevendo detalhes e ideias dentro de círculos e fazendo a ligação desses círculos de uma forma organizada.
O último grupo fez uma prova para praticar o resgate das informações. Sem o texto em sua frente, os estudantes fizeram uma redação livre sobre o que eles lembravam por 10 minutos. Depois releram o texto e fizeram uma nova redação.
Os pesquisadores concluíram que praticar o resgate das informações resulta num aprendizado mais significativo do que o estudo através de mapas conceituais. A prática de resgatar informações se mostrou mais eficaz mesmo quando o critério de avaliação usado era o de criar um mapa conceitual do assunto.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Esqueça o que você sabe sobre bons hábitos de estudo
Estamos acostumados a ouvir diversas recomendações sobre bons hábitos de estudo, como escolher um local silencioso, manter uma rotina para fazer tarefas, estabelecer metas e limites, entre tantas outras. Mas como sabemos se esses hábitos são realmente bons?
Uma excelente matéria publicada no jornal New York Times analisou as descobertas mais recentes em hábitos de aprendizado e descobriu muitos resultados surpreendentes que podem ajudar qualquer pessoa, desde uma criança aprendendo a fazer contas, a um idoso aprendendo um novo idioma. Muitas destas descobertas contradizem a sabedoria popular, como por exemplo, ao invés de manter apenas um local de estudo, simplesmente alternando a sala onde a pessoa estuda aumenta a retenção.
De acordo com o autor da pesquisa que descobriu esse aumento de retenção ao se alternar o local de estudo, o cérebro faz associações sutis entre o que se está estudando e as sensações exteriores naquele momento, independentemente dessas percepções serem conscientes. Forçar o cérebro a fazer múltiplas associações com o mesmo material pode, na verdade, dar a essa informação mais relevância neural.
Pegue a noção de que crianças têm estilos específicos de aprendizagem, que alguns são “visuais” e outros “auditivos”; alguns são alunos que usam o “lado esquerdo” e outros o “lado direito” do cérebro. Numa recente revisão das pesquisas relevantes, publicada no jornal Psychological Science in the Public Interest, uma equipe de psicólogos descobriu quase nenhum fundamento para tais ideias.
Variar o tipo de material estudado numa única sessão de estudos – alternando, por exemplo, entre vocabulário, leitura e conversação de um novo idioma – parece deixar uma impressão mais profunda no cérebro do que se concentrar apenas em uma coisa de cada vez. Muitos atletas também costumam também misturar seus treinos com séries de força, velocidade e habilidade.
Cientistas descobriram que o estudo espaçado de um assunto – uma hora hoje, uma hora no final de semana e uma hora daqui a uma semana – melhora a capacidade de recordar esse assunto. Uma explicação é que o cérebro, quando volta naquele material num outro dia, precisa reaprender um pouco daquilo que ele havia esquecido e esse processo, em si, reforça o aprendizado.
Essa é uma razão pelo qual os cientistas julgam que os testes – ou provas simuladas – são ferramentas poderosas de aprendizagem, além de meramente ferramentas de avaliação. O processo de se extrair uma ideia parece fundamentalmente alterar a forma com que a informação é armazenada subsequentemente, tornando-a bem mais acessível no futuro.
Nada sugere que somente essas técnicas – alternar ambientes de estudo, misturar conteúdo, espaçar as sessões de estudo, fazer testes – resolverão os problemas de aprendizado, pois a motivação também importa muito. Mas, pelo menos, essas técnicas oferecem aos pais e estudantes um plano de estudo baseado em evidências, e não em sabedoria popular ou teorias vazias.
Vale lembrar que a forma como aprendemos importa não só para retermos eficientemente algumas informações para as diversas tarefas que executamos todos os dias, mas também porque o aprendizado induz mudanças neuroplásticas no cérebro que, consequentemente, pode aumentar nossas reservas funcionais e nossa saúde.

Colaboração: Prof. Haroldo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

244 dias!

O projeto de pesquisa que simula uma viagem para Marte já completou 244 dias. Neste momento os astronautas virtuais estão se preparando para descer em solo marciano. Tudo não passa de uma simulação, mas ela promete ser muito realista. Simular problemas, verificar o comportamento, observar falhas sem dúvida é um projeto enorme.
A tripulação de três russos, dois europeus e um chinês está há quase oito meses trancada em módulos hermeticamente fechados, imitando uma nave espacial, no Instituto de Problemas Biomédicos (IBMP) em Moscou.
Os astronautas virtuais estão seguindo uma rotina de sete dias, com dois dias de folga, idêntica à dos astronautas da Estação Espacial Internacional. Seu trabalho durante a viagem espacial virtual inclui tarefas de manutenção, experimentos e exercícios diários.
Na imagem acima os astronautas testam os trajes espaciais russos para a viagem virtual.

A viagem deve terminar no final do ano. Até lá muito ainda vai ser testado e revisado, para a verdadeira odisséia rumo à Marte.
fonte: Site Inovação Tecnológica
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

I Congresso de Redes Sociais Aplicadas á Educação

Veja mais detalhes na nossa página de eventos.

NASA mostra imagens do Sol em frente e verso


O Sol agora em frente e verso.

Utilizando dois satélites a NASA (agência espacial norte americana), está conseguindo observar o sol em sua magnitude. As imagens obtidas pelos satélites servem de base para que possamos observar o sol por todos os ângulos. Com isso, os fenômenos observados podem ser melhor estudados. Esta nova maneira de observação pode ajudar a nos prevenir de alguns deste fenômenos que acabam causando problemas aqui na Terra, principalmente na área das telecomunicações.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Final da semana "pedagógica"

Como minhas espectativas iniciais, a semana pedagógica se mostrou totalmente inútil. Bem totalmente é muito feio de se afirmar, na verdade deve ter uns 5% de coisas aproveitáveis (o café, o bate papo e as discussões de alguns professores mais exaltados, só pra rir mesmo).
Organização e conteúdos muito abaixo da expectativa. Como sempre, o estado coloca para que sejam discutidas propostas e todos dão pitaco. A maior parte sem ter noção do que se está pedindo. A bola da vez são os cursos profissionalizantes. Hoje cheguei no limite, uma "pedaboba" dizendo que se a escola fosse formar técnicos de TI (bem pra começar ela não sabia o que era TI), quando falaram que era relacionado com informática começou a chuva de besteiras.
- O técnico tem que ir num hospital e saber mexer em raio-X, ele tem que saber olhar no computador as áreas de risco e informar para as pessoas..... (e assim foi o discurso).
Afinal de contas, quem tem que aprender ? É o aluno apenas?
Como sempre mais uma semana inútil...

Materiais de apoio (NOVIDADES)

Está disponível na página de materiais de apoio um novo game sobre moléculas e para o pessoal que gosta de História um link da Unesco sobre a história da África completíssimo em português!