sexta-feira, 11 de abril de 2014

Experimento de Termodinámica

Valeska Popozuda em questão de prova era para causar polêmica, diz professor


Foto: Complete a frase...

"Segundo a grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda, se bater de frente..."

Acredite se quiser mas, essa foi a questão de uma prova de filosofia aplicada a alunos do ensino médio de uma escola em Brasília.

Leia a matéria: http://diariode.pe/k87


YARA AQUINO - REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL* - AGÊNCIA BRASIL - 08/04/2014 - BRASÍLIA, DF

A questão de uma prova, aplicada por um professor de filosofia a estudantes do ensino médio da rede pública do Distrito Federal, está rodando as redes sociais e causando polêmica por citar a funkeira Valeska Popozuda como “grande pensadora contemporânea” no enunciado. A questão pede que os alunos escolham a opção que completa trecho de uma música de Valeska.
Uma foto do trecho da prova foi reproduzida no Facebook e houve críticas e discussões sobre o uso do funk na avaliação e sobre a classificação da cantora como “grande pensadora”.
O professor de filosofia do Centro de Ensino Médio 03 de Taguatinga, Antônio Kubitschek, que elaborou a prova, afirma que a atitude não teve a intenção de provocar discussões sobre métodos educacionais, foi sim um teste para verificar a atuação da imprensa e se ela dá destaque às atividades escolares em momentos positivos ou negativos.
“Tivemos um debate em sala de aula sobre a formação moral, a formação dos alunos, e veio a discussão de como a imprensa participa desses novos valores que vão surgindo. Isso gerou polêmica, e resolvi testar. Há 15 dias tivemos uma exposição fotográfica com fotos tiradas pelos alunos, e a imprensa não veio participar. Resolvi então colocar na minha prova uma questão que gerasse polêmica e chegasse na rede social, que aí, em algum momento, um órgão da imprensa iria pegar”, relata.
Para o professor, a grande repercussão que o assunto adquiriu demonstra que a imprensa está mais interessada em dar destaque a questões sensacionalistas. “Até então havia uma dúvida se a imprensa é sensacionalista ou não, e a dúvida foi tirada com a polêmica. A imprensa demonstrou que hoje está mais interessada no sensacionalismo e pouco interessada em uma boa formação”, avalia Antônio Kubitschek.
A questão envolvendo Valeska Popozuda fez com que o professor concedesse pelo menos dez entrevistas. Ele relata que esperava repercussão, mas ficou surpreso com a dimensão da polêmica provocada, e espera que o fato gere debates sobre como formar uma imprensa melhor no país. A Secretaria de Educação do Distrito Federal não vai se pronunciar sobre a polêmica.
A funkeira Valeska Popozuda postou um comentário no Facebook, no qual diz que se o professor tivesse usado um trecho de qualquer outro gênero musical, talvez o assunto não tivesse ganhado tanto destaque. “E se fosse MPB ou uma música americana, que tanto é valorizada por nós? Será que daria a mesma polêmica?”, questiona.
Em outro trecho, ela comenta. “Me espanta mesmo é todo mundo se preocupar com uma única questão da prova, sem analisar os termos por trás disso tudo. E se o professor colocou a questão dentro do contexto da matéria. E se o professor quis ser irônico com o sucesso das músicas de hoje em dia?”
O uso de músicas em provas é um recurso que tem sido adotado com regularidade. A última prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe letras do músico Gabriel, O Pensador, e da banda Titãs. Também no ano passado, a Universidade de Brasília incluiu o hit Camaro Amarelo, da dupla sertaneja Munhoz& Mariano, e o rap Vida Loka Parte II, dos Racionais MC, na lista das obras musicais da matriz que poderia ser cobrada na primeira etapa do Programa de Avaliação Seriada.
*Colaborou Renato Lima, da Rádio Nacional

Evento

ComCiência


Está no Ar o N° 157 da revista Mensal eletrônica de Jornalismo Científico ComCiência < http://www.comciencia.br >, publicada Pelo Labjor e Pela SBPC. O Tema Desta Edição é "Como Regras do Jogo".


Editorial

- A bola de capotão
Carlos Vogt
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=98&tipo=1195


Artigos

- Por Que OS Livros de História devem Permanecer Abertos parágrafo Lance Armstrong
Andy Miah
Tradução: Marina Gomes
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=98&id=1198

- A Economia do Esporte los tempos de Copa do Mundo
Marcelo Weishaupt Proni
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=98&id=1199

- Toda Criança TEM Direito uma Localidade: Não Ser campeã
Hugo Tourinho Filho
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=98&id=1194

- Esporte, ginástica, Educação Física: como Práticas corporais institucionalizadas
Victor Andrade de Melo
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=98&id=1193 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Nem a raciocinar os brasileiros estão aprendendo

DANIEL MARTINS DE BARROS - O ESTADO DE SÃO PAULO - 03/04/2014 - SÃO PAULO, SP

“Aos dezesseis anos matei meu professor de lógica. Invocando a legítima defesa — e qual defesa seria mais legítima? — logrei ser absolvido por cinco votos contra dois e fui morar sob uma ponte do Sena, embora nunca tenha estado em Paris”.
Assim começa o romance A lua vem da Ásia, de um dos únicos escritores surrealistas que tivemos no Brasil, Campos de Carvalho. Parece que a maioria dos adolescentes brasileiros está cometendo o mesmo crime, numa verdadeira chacina lógica.
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês), que tradicionalmente já humilha o país ao comparar as habilidades linguísticas e matemáticas de estudantes ao redor do globo, fez agora uma rodada testando a capacidade de resolver problemas complexos usando o raciocínio lógico. Mais uma vez a prova colocou o Brasil na retaguarda, amargando a trigésima oitava posição entre 44 países. Dos seis graus de dificuldade do teste quase metade dos nossos alunos não conseguiu passar dos dois primeiros níveis.
A gravidade da situação, de meu ponto de vista, não vem apenas de nosso orgulho ferido. O problema é que a prova era baseada em questões práticas do mundo real, como utilizar equipamentos eletrônicos ou encontrar a menor distância entre dois pontos. E num mundo cada vez mais abstrato, dominado pela tecnologia, a dificuldade de achar saídas não óbvias para obstáculos pode ser uma desvantagem competitiva enorme – se não atuarmos especificamente nesse aspecto – além de ensinar o idioma e matemática – estaremos criando uma geração ainda mais defasada no cenário internacional do que já estamos.
Uma das alternativas para enfrentar o problema é adotar a utilização de jogos de tabuleiro em sala de aula. Há diversas escolas indo nessa linha, mas sem uma articulação do currículo oficial até onde eu saiba. Os jogos de tabuleiro são uma ferramenta bastante eficaz para treinar concentração, tomada de decisão, raciocínio lógico e planejamento executivo. Embora já não sejam uma moda tão forte como há algumas décadas existem iniciativas interessantes, como o site Ilha do Tabuleiro, ou a publicação de livros como “O livro dos 10 melhores jogos de todos os tempos”, da especialista em jogos Àngels Navarro, lançado esse ano no Brasil. Trata-se praticamente de um livro-objeto, trazendo não só informações interessantes sobre dez jogos clássicos, como também as regras e os próprios tabuleiros e peças necessárias para jogar cada um deles.
A capacidade de resolver problemas é uma habilidade fundamental em qualquer área de atuação humana. No mundo globalizado, onde não haverá espaço para o jeitinho brasileiro, é importante que aprendamos logo como ensinar as crianças a pensar.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Chip converte ondas de rádio em luz

Chip converte ondas de rádio em luz: A tecnologia poderá ter uso imediato em uma grande variedade de aplicações, da radioastronomia aos aparelhos de ressonância magnética.

Chip converte ondas de rádio em luz

O chip de 0,5 mm (centro) faz o mesmo trabalho de um aparato criogênico grande, pesado e caro. [Imagem: T. Bagci et al./Nature]