quinta-feira, 17 de outubro de 2013

UFPR abre concurso para 27 vagas de técnicos administrativos

Vinte e sete vagas na categoria de técnico administrativo serão preenchidas pela UFPR, mediante concurso público. Do total das vagas, 14 são para profissionais de nível superior e 13 para o nível médio. Os aprovados atuarão em Curitiba, Matinhos, Pontal do Paraná e no novo campus da Universidade, em Jandaia do Sul. Interessados têm prazo até às 16 horas do dia 1º de novembro para acessar o site do Núcleo de Concursos (www.nc.ufpr.br) e efetuar a inscrição.
As vagas para os profissionais de nível superior, em Curitiba, são para assistente social (1), pedagogo (1), médico/reprodução humana (1), médico/neurologista intervencionista (1), engenheiro civil (2) e tradutor e intérprete (1). Em Matinhos, será selecionado candidato para a única vaga, em Psicologia. Para o campus da Jandaia do Sul, estão abertas cinco vagas para nível superior: Administrador (1), Analista de Tecnologia de Informação (1), Contador (1), Bibliotecário/Documentalista (1) e Secretário Executivo (1).
Das 14 vagas ofertadas para profissionais de nível médio apenas uma é para Curitiba – Tradutor Intérprete de Linguagem de Sinais, e também uma, para atuar em Matinhos ─ Assistente de Administração. As demais vagas são todas para Jandaia do Sul e são para os seguintes cargos: Assistente em Administração (5), Técnico de Laboratório/Física, Técnico de Laboratório/Química, Técnico em Segurança do Trabalho (1), e Técnico em Tecnologia da Informação (2).
A taxa de inscrição para os candidatos às vagas de nível superior é de R$78,00 e a remuneração inicial é de R$3.138,70. Para as vagas do nível médio o valor é de R$48,00 e o salário inicial R$1.912,99. A seleção dos candidatos será feita no dia 24 de novembro. Mais informações (programa das provas) podem ser obtidas no site do Núcleo de Concursos da UFPR.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Luz substitui choques elétricos de desfibriladores e marca-passos

Luz substitui choques elétricos de desfibriladores e marca-passos

Célula solar bate recorde mundial com 44,7% de eficiência

Célula solar bate recorde mundial com 44,7% de eficiência: Quase metade de todo o espectro da energia solar, do ultravioleta ao infravermelho, é convertido em energia elétrica.

Célula solar bate recorde mundial com 44,7% de eficiênciaCélula solar multijunção com 44,7% de eficiência, feita com quatro subcélulas de compostos semicondutores.[Imagem: Fraunhofer ISE]

UPDATE


project-neumann

Quem diria que os videogames ganhariam mais uma utilidade que não fosse a de divertir? Sim, os games em breve serão utilizados para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).  Veja mais em UPDATE.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vamos ajudar

Olá Amigos e Amigas,
Estou atuando como voluntária
na ACOA - Associação Curitibana dos Órfãos da Aids,
ministrando aulas de computação para as crianças que lá residem. 
São quinze crianças e não temos equipamentos suficientes.
Dos seis computadores disponíveis, apenas quatro estão funcionando.
Se tiverem sucata, ou peças de computadores que ainda funcionam, 
por favor me avisem, que posso buscar para levar para a Entidade.
Agradeço pela atenção e desejo uma ótima semana,
Ana Odete

MORADA DO SOL - O NOSSO LAR


Associação Curitibana dos Órfãos da AIDS – ACOA, foi fundada em 1995 por um grupo de voluntárias, é uma ONG (Organização Não Governamental) sem fins lucrativos, voltada a atender crianças e adolescentes, órfãs em sua maioria, filhos de portadores do vírus HIV.

A melhor maneira de acolher e dar estímulo de vida a essas crianças e adolescentes é a manutenção de um lar, um lugar que elas possam chamar de “a nossa casa”. Pensando assim, a ACOA criou a Morada do Sol: a casa das nossas crianças, onde elas ficam permanentes até que a Vara de Infância e Juventude decida oque é melhor para elas. A casa Morada do Sol acolhe atualmente 20 crianças  e adolescentes portadoras do vírus HIV, mais sua capacidade é para até 30 crianças e adolescentes.

E o nosso Projeto Social distribui mensalmente 50 cestas básicas para famílias, cujo pai ou mãe são portadores do vírus e que têm crianças de 0 a 12 anos que  convivem com seus familiares. Fornecemos também, materiais escolares e agasalhos a essas famílias.



MORADA DO SOL
HORÁRIO DE ATENDIMENTO PARA INFORMAÇÕES DE SEGUNDA A SEXTA FEIRA DAS 09:00 ÁS 18:00 HS .
Rua Isaac Guelmann (rápida centro sentido Capão Raso) - nº 4043
Novo Mundo - Curitiba/PR
(Próximo ao Shopping Total)
Telefone (41)3248-0583

Cinquenta anos de comemoração e quase dois séculos sem soluções

Custódio Pereira
 
A comemoração oficial do Dia do Professor está completando seu cinquentenário em 2013, pois foi instituída pelo Decreto Federal 52.682, assinado pelo então presidente da República, João Goulart, e publicado no Diário Oficial da União em 15 de outubro de 1963. A data não foi escolhida aleatoriamente, mas sim em decorrência do fato de no mesmo dia, no ano de 1827, D. Pedro I ter editado o Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar em nosso país. O ato discorria sobre a necessidade de prover educação fundamental no Brasil, enfatizando o aprendizado da leitura, da escrita e dos cálculos.

Um dos dispositivos mais importantes do histórico decreto do imperador dizia respeito ao exercício do Magistério e valorização dos professores, cujos cargos deveriam ser vitalícios em todas as vilas e cidades brasileiras, nas quais a antológica legislação determinava a instalação das escolas de “primeiras letras”. Contudo, é bastante desconfortável constatar, quase dois séculos após o decreto imperial, que ainda não está solucionada a questão dos docentes nas redes públicas do Ensino Fundamental e do Médio, que são as grandes bases da educação e formação de nossas crianças e jovens.

Avançamos muito no ensino público nas duas últimas décadas, principalmente no tocante à ofert a de vagas nas escolas, quesito no qual já cumprimos o princípio constitucional da universalidade. Contudo, a qualidade ainda está aquém do necessário. Pa ra elevar seus padrões, a providência mais importante é atendermos, mesmo com secular atraso, ao decreto de D. Pedro I, provendo os professores das devidas condições de trabalho, formação adequada e remuneração condizente com o significado de sua missão de ensinar.

É pertinente lembrar que estamos falando sobre a profissão mais importante dentre todas, pois cabe aos mestres a formação escolar, científica e pedagógica das crianças e jovens, transformando suas vidas e lhes dando oportunidade de desenvolverem suas carreiras profissionais e se in serirem na sociedade por meio do exercício pleno da cidadania. Tal missão é ainda mais relevante na rede pública do Ensino Fundamental e do Médio, na qual se viabiliza a democratização do direito de aprender, por meio da gratuidade.  

Assim, no marcante cinquentenário do decreto do presidente João Goulart que oficializou a comemoração do Dia do Professor em 15 de outubro, é oportuno que nossas autoridades reflitam sobre o tema, que preocupa toda a sociedade, e busquem um avanço no equacionamento da carreira no Magistério. Trata-se de uma profissão decisiva, da qual o Brasil depende imensamente para deixar de ser uma nação emergente e de renda média e ascender a um patamar mais elevado de desenvo lvimento socioeconômico!

Custódio Pereira é professor universitário, mestre pela Universidade Mackenzie e doutor pela USP, é  diretor-geral da Associação Santa Marcelina, mantenedora dos Colégios e das Faculdades FASM e FAFISM.

GENÉTICA

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Programa Especial - TV BRASIL

Assisti este final de semana e achei muito legal, existem outros programas também voltados para esta área de inclusão. Vale a pena assistir.

Programa Especial explica as principais características e esclarece dúvidas frequentes
Juliana Oliveira e Denise FonsecaJuliana Oliveira e Denise FonsecaPrograma Especial desta semana trata de autismo. Em homenagem ao tema, Juliana Oliveira está vestida de azul, cor escolhida pela ONU para simbolizá-lo.

Muitos ainda têm dúvidas sobre o que é o autismo. Neurologista infantil e especialista em educação inclusiva, Carla Gikovate esclarece as principais características. “O tripé da dificuldade social, da dificuldade de comunicação e da dificuldade no sentido de ser flexível, quer dizer, uma pessoa mais repetitiva, é a base do diagnóstico de autismo”, explica a médica. 
Juliana Oliveira recebe Denise Fonseca, uma das fundadoras do Grupo Mundo Azul – formado por pais de autistas – e mãe de João Pedro, que tem autismo. Ela conta como sua família encara o autismo e sobre os objetivos do grupo, que luta por maior divulgação de informação sobre o tema.
Em Volta Redonda, o programa visita a Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais (Apadem), instituição em Volta Redonda voltada para a formação e inclusão de pessoas dentro do espectro autístico. A presidente Cláudia Moraes explica como funciona o atendimento. Ainda: parceiros da Apadem realizam atividades como equoterapia e aulas de computação.





Veja mais detalhes




Maior parte dos aluninhos do Brasil tem celular. Como lidar?

SABINE RIGHETTI - FOLHA DE SÃO PAULO - 08/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Uma análise dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostra que a maioria dos estudantes do Brasil tem celular a partir do 7º ano do ensino fundamental, ou seja, com uma média de 12 anos de idade.
Na rede privada de ensino, o aparelho celular chega ainda mais cedo: aos dez anos de idade os aluninhos já têm celular.
Os dados foram tabulados pelo coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins Faria, em um estudo que ele fez sobre a relação educação e consumo.
Os números não mostram qual é o tipo de aparelho que os estudantes têm em mãos. Mas supondo que boa parte desses celulares tenha acesso à internet, games e muita distração. Como lidar?
Conheço escolas que obrigam que os alunos deixem o aparelho na entrada do prédio e que peguem na saída. Outras permitem o uso, desde que apenas no modo “telefone”.
Algumas tentam integrar o aparelho na rotina da sala de aula. Por exemplo, permitem que os alunos pesquisem informações no Google ou que usem o aplicativo de calculadora do aparelho.
Ao que parece, as escolas ainda não encontraram a receita ideal sobre como lidar com aparelhos de celular e estudantes. Nem as universidades.
Quando estiver na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, as regras sobre o uso do celular variavam em cada disciplina. Numa delas, usar o celular resultava em expulsão da sala de aula. Em outros cursos, o professor pouco ligava se o aluno jogava Candy Crush enquanto ele falava sobre teóricos que estudaram ética e moral.
Qual é sua opinião sobre celular e sala de aula? Proibir ou permitir?

Gary L. Francione/Filósofo

Posted: 09 Oct 2013 04:44 PM PDT
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Francione é um pioneiro na teoria de Direitos Animais abolicionista.
Além de filósofo e autor de vários livros sobre a forma como o ser humano trata os animais, Francione leciona direito e filosofia na Rutgers School of Law – Newark, Estados Unidos. Vegano, ele foi o primeiro acadêmico a dar aulas sobre Direitos Animais em uma universidade de seu país. Gary acredita que os animais precisam ser tratados como sujeitos de direito e que devem, portanto, ter o direito de não serem explorados pelo homem.
Há algumas semanas, a Editora Unicamp lançou o livro “Introdução aos Direitos Animais” do professor e disponibilizou em sua loja virtual por R$ 68,00 (compre aqui).

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Sinopse do livro
Neste livro o autor lança um desafio concernente ao nosso uso e tratamento dos animais e nos incita a deixar de lado as confortáveis desculpas proporcionadas pelo nosso aparente compromisso com o tratamento “humanitário” ou “compassivo” dos animais e a reconhecer que, sob as leis e regulações relativas a como cuidamos dos animais com quem dividimos este planeta, na realidade os tratamos como coisas que não têm nenhum interesse que devamos levar a sério.

Críticas à campanha Segunda Sem Carne
Uma das ONGs vegetarianas mais conhecidas do Brasil é a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). Entre outras ações, a SVB promove em nosso país a campanha Segunda Sem Carne, que teve início nos EUA mas ficou realmente famosa quando o ex-beatle Paul McCartney tornou-se divulgador dela.
Durante uma videoconferência na International Animal Rights Conference realizada em Luxemburgo em setembro de 2013, Gary reforçou suas já conhecidas críticas à campanha ao responder a uma ativista brasileira presente no evento (assista aqui). As principais críticas de Francione estão relacionadas ao fato de a campanha não focar no veganismo diretamente e ao incentivo do consumo de laticínios e ovos que a campanha faz no exterior, publicando receitas com esses produtos de origem animal. Outro ponto fortemente criticado pelo filósofo é a questão de ser apenas um dia por semana, no entanto, ele diz que “se você quer ter um dia, tenha uma segunda-feira vegana. Mas que fique claro que o dia vegano se estenda a todos os dias.” Francione havia criticado a campanha no final de junho, durante uma entrevista para o nutricionista e ativista brasileiro George Guimarães (assista aqui), presidente da ONG VEDDAS (Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade).
No Brasil, a campanha Segunda Sem Carne tem uma diferença importante em relação à campanha estrangeira, embora tenha o mesmo nome: ela não divulga nenhuma receita que contenha ingredientes de origem animal. No entanto, alguns grupos abolicionistas como a ONG paulistana VEDDAS são contra a campanha Segunda Sem Carne, mesmo em sua versão brasileira.
Por telefone, George Guimarães, presidente do VEDDAS, justificou suas críticas à campanha:
“A campanha Segunda Sem Carne reduz a mensagem do vegetarianismo a um sétimo e não toca na questão dos derivados. Desta forma, reduz a importância do movimento, como se algo que consideramos errado pudesse receber concessões na maior parte do tempo. Seria o mesmo que querer defender que o estupro é errado, mas somente às terças-feiras. Compreendo a importância de respeitar o ritmo de transição cada um, mas este ritmo deve ser colocado por cada pessoa, sem ter que desvirtuar o objetivo do vegetarianismo para adaptar-se ao ritmo individual quando a mensagem está sendo transmitida em massa.”
Procurada pelo Vista-se e convidada a assistir à argumentação do professor Gary Francione, a Coordenadora Nacional da Campanha Segunda Sem Carne, Mônica Buava, ativista da SVB, enviou a seguinte nota:
“A Campanha Segunda Sem Carne é um movimento mundial, porém independente. Cada iniciativa desenvolve suas estratégias e formas de trabalho de forma autônoma. No Brasil, a Campanha desenvolvida pela SVB não estimula o consumo de ovos e leite, como acontece em alguns países; pelo contrário, em seus 10 anos de existência, a SVB sempre defendeu o vegetarianismo estrito, e a campanha Segunda Sem Carne não seria diferente.
Existe uma grande falha no argumento de Gary Francione de que ‘todas as oportunidades de interagir com um ouvinte devem ser usadas para promover diretamente o veganismo’. A SVB defende, sim, o vegetarianismo estrito (veganismo), mas o que ocorre é que a mensagem da Segunda Sem Carne gera um número imenso de oportunidades de interação a mais. Por exemplo, foi através da SSC que as escolas públicas municipais de São Paulo adotaram dois dias vegetarianos estritos (veganos) por mês – um pequeno passo, mas que já poupa aproximadamente 25 mil animais do abate todos os meses. Hospitais, empresas e outros governos também estão participando. E se a mensagem fosse apenas “veganismo todos os dias”, essas portas não teriam sido abertas. Além disso, há vários depoimentos de pessoas que tornaram-se vegetarianas (e veganas) a partir da Segunda Sem Carne. Alguns deles podem ser vistos no site da campanha (veja aqui). Então, na verdade, trata-se de uma estratégia brilhante de acessar muito mais lugares, colocando muito mais pessoas em contato com o universo da alimentação vegetariana estrita. Por isso, em um movimento focado em salvar mais animais, a Segunda Sem Carne é uma grande aliada de outras campanhas, sejam da SVB ou de outros grupos.”
Independentemente de se este tipo de campanha é eficaz ou não, é importante a discussão. Nesse contexto, as críticas devem ser vistas como algo que ajuda o movimento a crescer e não podem ser ignoradas.

`Geração do diploma` decepciona mercado

BBC - UOL EDUCAÇÃO - 09/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Nunca tantos brasileiros chegaram às salas de aula das universidades, fizeram pós-graduação ou MBAs. Mas, ao mesmo tempo, não só as empresas reclamam da oferta e qualidade da mão-de-obra no país como os índices de produtividade do trabalhador custam a aumentar.
Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou, embora ainda fique bem aquém dos níveis dos países desenvolvidos e alguns emergentes. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE.
`Mas mesmo com essa expansão, na indústria de transformação, por exemplo, tivemos um aumento de produtividade de apenas 1,1% entre 2001 e 2012, enquanto o salário médio dos trabalhadores subiu 169% (em dólares)`, diz Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A decepção do mercado com o que já está sendo chamado de `geração do diploma` é confirmada por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos.
`Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas. E quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria`, diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore.
Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem ou têm dificuldades de se adaptar às regras de ambientes corporativos.
`Cadastramos e avaliamos cerca de 770 mil jovens e ainda assim não conseguimos encontrar candidatos suficientes com perfis adequados para preencher todas as nossas 5 mil vagas`, diz Maíra Habimorad, vice-presidente do DMRH, grupo do qual faz parte a Companhia de Talentos, uma empresa de recrutamento. `Surpreendentemente, terminanos com vagas em aberto.`
Outro exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil é um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower. De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.
É claro que, em parte, isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Apesar da desaceleração da economia, os níveis de desemprego já caíram para baixo dos 6% e têm quebrado sucessivos recordes de baixa.
Mas segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgado nesta semana, os brasileiros com mais de 11 anos de estudo formariam 50% desse contingente de desempregados.
`Mesmo com essa expansão do ensino e maior acesso ao curso superior, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições requerem`, explica Márcia Almstrom, do grupo Manpower.
Causas
Especialistas consultados pela BBC Brasil apontam três causas principais para a decepção com a `geração do diploma`.
A principal delas estaria relacionada a qualidade do ensino e habilidades dos alunos que se formam em algumas faculdades e universidades do país.
Os números de novos estabelecimentos do tipo criadas nos últimos anos mostra como os empresários consideram esse setor promissor. Em 2000, o Brasil tinha pouco mais de mil instituições de ensino superior. Hoje são 2.416, sendo 2.112 particulares.
`Ocorre que a explosão de escolas superiores não foi acompanhada pela melhoria da qualidade. A grande maioria das novas faculdades é ruim`, diz Pastore.
Tristan McCowan, professor de educação e desenvolvimento da Universidade de Londres, concorda. Há mais de uma década, McCowan estuda o sistema educacional brasileiro e, para ele, alguns desses cursos universitários talvez nem pudessem ser classificados como tal.
`São mais uma extensão do ensino fundamental`, diz McCowan. `E o problema é que trazem muito pouco para a sociedade: não aumentam a capacidade de inovação da economia, não impulsionam sua produtividade e acabam ajudando a perpetuar uma situação de desigualdade, já que continua a ser vedado à população de baixa renda o acesso a cursos de maior prestígio e qualidade.`
Para se ter a medida do desafio que o Brasil têm pela frente para expandir a qualidade de seu ensino superior, basta lembrar que o índice de anafalbetismo funcional entre universitários brasileiros chega a 38%, segundo o Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope.
Na prática, isso significa que quatro em cada dez universitários no país até sabem ler textos simples, mas são incapazes de interpretar e associar informações. Também não conseguem analisar tabelas, mapas e gráficos ou mesmo fazer contas um pouco mais complexas.
De 2001 a 2011, a porcentagem de universitários plenamente alfabetizados caiu 14 pontos. `E os resultados das próximas pesquisas devem confirmar essa tendência de queda`, prevê Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do IPM.
Segundo Lima, tal fenômeno em parte reflete o fato da expansão do ensino superior no Brasil ser um processo relativamente recente e estar levando para bancos universitários jovens que não só tiveram um ensino básico de má qualidade como também viveram em um ambiente familiar que contribuiu pouco para sua aprendizagem.
`Além disso, muitas instituições de ensino superior privadas acabaram adotando exigências mais baixas para o ingresso e a aprovação em seus cursos`, diz ela. `E como consequência, acabamos criando uma escolaridade no papel que não corresponde ao nível real de escolaridade dos brasileiros.`
Postura e experiência
A segunda razão apontada para a decepção com a geração de diplomados estaria ligada a `problemas de postura` e falta de experiência de parte dos profissionais no mercado.
`Muitos jovens têm vivência acadêmica, mas não conseguem se posicionar em uma empresa, respeitar diferenças, lidar com hierarquia ou com uma figura de autoridade`, diz Marcus Soares, professor do Insper especialista em gestão de pessoas.
`Entre os que se formam em universidades mais renomadas também há certa ansiedade para conseguir um posto que faça jus a seu diploma. Às vezes o estagiário entra na empresa já querendo ser diretor.`
As empresas, assim, estão tendo de se adaptar ao desafio de lidar com as expectativas e o perfil dos novos profissionais do mercado - e em um contexto de baixo desemprego, reter bons quadros pode ser complicado.
Para Marcelo Cuellar, da consultoria de recursos humanos Michael Page, a falta de experiência é, de certa forma natural, em função do recente ciclo de expansão econômica brasileira.
`Tivemos um boom econômico após um período de relativa estagnação, em que não havia tanta demanda por certos tipos de trabalhos. Nesse contexto, a escassez de profissionais experientes de determinadas áreas é um problema que não pode ser resolvido de uma hora para outra`, diz Cuellar.
Nos últimos anos, muitos engenheiros acabaram trabalhando no setor financeiro, por exemplo.
`Não dá para esperar que, agora, seja fácil encontrar engenheiros com dez ou quinze anos de experiência em sua área - e é em parte dessa escassez que vem a percepção dos empresários de que `não tem ninguém bom` no mercado`, acredita o consultor.
`Tradição bacharelesca`
Por fim, a terceira razão apresentada por especialistas para explicar a decepção com a `geração do diploma` estaria ligada a um desalinhamento entre o foco dos cursos mais procurados e as necessidades do mercado.
De um lado, há quem critique o fato de que a maioria dos estudantes brasileiros tende a seguir carreiras das ciências humanas ou ciências sociais - como administração, direito ou pedagogia - enquanto a proporção dos que estudam ciências exatas é pequena se comparada a países asiáticos ou alguns europeus.
`O Brasil precisa de mais engenheiros, matemáticos, químicos ou especialistas em bioquímica, por exemplo, e os esforços para ampliar o número de especialistas nessas áreas ainda são insuficientes`, diz o diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Gabriel Rico.
Segundo Rico, as consequências dessas deficiências são claras: `Em 2011 o país conseguiu atrair importantes centros de desenvolvimento e pesquisas de empresas como a GE a IBM e a Boeing`, ele exemplifica. `Mas se não há profissionais para impulsionar esses projetos a tendência é que eles percam relevância dentro das empresas.`
Do outro lado, também há críticas ao que alguns vêem como um excesso de valorização do ensino superior em detrimento das carreiras de nível técnico.
`É bastante disseminada no Brasil a ideia de que cargos de gestão pagam bem e cargos técnicos pagam mal. Mas isso está mudando - até porque a demanda por profissionais da área técnica tem impulsionado os seus salários`, diz o consultor.
Rafael Lucchesi concorda. `Temos uma tradição cultural baicharelesca, que está sendo vencida aos poucos`, diz o diretor da CNI - que também é o diretor-geral do Senai (Serviço Nacional da Indústria, que oferece cursos técnicos).