sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Clima quente no espaço


RIO - A elevação da atividade do Sol, que se aproxima de novo pico previsto para 2013, está ajudando a limpar o lixo espacial que se acumula em torno da Terra, considerado um dos maiores perigos para equipamentos e astronautas em órbita. O aumento da radiação emitida pela estrela nos últimos anos está aquecendo a região mais externa da atmosfera, conhecida como termosfera, e fazendo com que ela se expanda. Com isso, os objetos em órbitas mais baixas encontram mais moléculas no seu caminho, o que gera um arrasto maior, diminuindo sua velocidade e provocando sua queda mais rapidamente do que o esperado.
Segundo o último relatório trimestral da Nasa sobre o lixo espacial, o crescimento da termosfera acelerou o ritmo de reentrada e consequente incineração na atmosfera dos detritos do satélite chinês Fengyun-1C, destruído em 2007 em um teste de armas do país, assim como dos restos da colisão entre um satélite russo Kosmos e um americano Iridium ocorrida no início de 2009. Mas essa ajuda do Sol na faxina do espaço será apenas “um breve alívio” de um problema que só faz aumentar, destaca Nicholas Johnson, cientista-chefe da área de lixo espacial da agência espacial americana, que assina o relatório. Isso porque, no longo prazo, as mudanças climáticas deverão provocar um esfriamento da termosfera, o que tem um efeito inverso do que está sendo observado agora.
— Essa ajuda só ocorre em casos muito específicos e não é por igual — explica Naelton Mendes de Araújo, astrônomo da Fundação Planetário. — A maior radiação solar modifica as camadas externas da atmosfera, mudando sua densidade. Assim, enquanto os objetos em órbitas mais baixas enfrentam um maior arrasto, o mesmo não acontece nas regiões mais altas, o que permite que os detritos fiquem lá por mais tempo. Na média, então, essa limpeza não é tão boa.


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