quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Rir para Aprender!

Risada não precisa ser sinônimo de bagunça. Pelo contrário, um ambiente descontraído facilita a aprendizagem e reforça o vínculo entre professor e alunos



Um mestre e um discípulo andavam juntos por uma estrada quando pararam para observar um agricultor que, ao se dirigir à plantação, havia deixado o par de sapatos à beira da estrada. O discípulo então sugeriu: “Mestre, vamos esconder os sapatos dele? Quando não os encontrar, vai ser engraçado!” O mestre então disse que tinha outra ideia. Colocou uma moeda em cada pé de sapato do agricultor, se escondendo em seguida. Quando o homem encontrou as moedas, agradeceu ao céu, dizendo que anjos o haviam presenteado. O mestre então riu e disse ao discípulo: “Ele acha que somos anjos. É mesmo gostoso rir, não é?”
Com essa história o palestrante e mestre em Educação Marcos Meyer, que já foi professor de Matemática, exemplifica como professores podem ensinar com bom humor. “Uma das características que constroem o vínculo entre professor e aluno é a brincadeira e o rir com o outro, e não do outro. Não vale o professor querer ser engraçadinho e tirar sarro dos alunos, colocar apelido, humilhar ou provocar. Apesar de rirem, os alunos não gostam disso”, afirma.
Um ambiente descontraído e livre para o riso é apontado por diversos estudos como o ideal para a aprendizagem. Os professores sabem disso, e têm deixado a postura sisuda cada vez mais de lado. Na atual sala de aula, um mestre distante, que exige silêncio absoluto da classe e não dá espaço para que a turma se expresse, não tem vez. “Hoje os professores estão intuitivamente brincando mais e trazendo os alunos mais para perto. Observamos bem isso com o início dos cursinhos, onde para dar aula para 150 adolescentes pilhados de energia o professor fazia uma aula animada e divertida para reter a atenção”, diz Meyer.
Mas uma turma que ri unida, não é necessariamente uma turma que está aprendendo. E um professor que leva o violão e anima a plateia de estudantes nem sempre é um professor que está ensinando, como afirma a pedagoga Adriana Knoblauch, professora de Teoria e Prática do Ensino da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutora em Educação. “Se o professor ficar só na festa, com um conteúdo desarticulado, a alegria na sala de aula é passageira e não tem grandes repercussões para o ensino. É legal na hora, mas o conteúdo fica monótono depois”, diz Adriana.
Fonte: Gazeta do Povo

Com certeza, sem alguma brincadeira a aula fica muito chata. Mas tudo tem seu tempo, falar de futebol, política e outros assuntos, não devem ser o único ponto que atraí o aluno para a aula.

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