segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Filme de estudantes sobre termodinâmica ganha festival de curtas


Quem assiste ao vídeo A Segunda Lei da Termodinâmica, um dos
vencedores do 3º Festival Claro Curtas, imagina que os três alunos do
 ensino médio do Colégio Domus Sapientiae sejam apaixonados por física.
 “Não. Nenhum dos três é bom na matéria”, responde Ana Clara Schuller
, de 17 anos, que produziu o curta ao lado do irmão Francisco Schuller,
de 15,  e do amigo Daniel Varlese, de 17.
O grupo, que na verdade adora produção de audiovisual, venceu o concurso
 que incentiva estudantes do ensino médio e universitários a enviarem curtas de
 até 90 segundos feitos a partir de câmeras ou de celulares.
Guiados pelo tema O Tempo do Agora, eles criaram o vídeo que conta a
 história de dois homens: o físico alemão Rudolf Julius Clausius e o jovem
 Francisco Pereira dos Santos. O personagem e o estudioso vivem em épocas
 diferentes, mas sentem a mesma necessidade de descobrir uma lei que explique
 porque o leite quente acaba esfriando depois de algum tempo.
Para os três, a aposta deu certo e vencer o concurso foi um incentivo para
que continuem se dedicando à área. “Queremos estudar Cinema ou Audiovisual”,
 afirma Ana Clara, que está no 3º ano do ensino médio.
Eles foram escolhidos pela comissão julgadora e dividiram o primeiro lugar da
categoria com outros seis alunos do Colégio Estadual Getúlio Vargas, de Pedro
Osório (RS), que produziram o vídeo A cor do tempo, o mais votado pelo júri
 popular. No caso deles, a ideia do curta veio do apoio de uma professora da
escola. “Acho que o vídeo foi votado porque mexe com o emocional das
 pessoas”, afirma um dos participantes, Augusto Gowert Tavares, de 16.
Na categoria Universitários, Julho, de João Luis Michalzechen, 23, estudante
 de Cinema da Faculdade de Artes do Paraná, foi escolhido pela comissão
 julgadora, enquanto Desconectos, dos alunos da Universidade Católica De
 Brasília, ganhou mais votos pelo júri popular.
Em Julho, Michalzechen mostra o inverno curitibano como “estado permanente
 da alma”. “É como se na cidade todos os meses fossem julho”, diz o universitário.
 Já Desconectos questiona se a tecnologia diminui ou aumenta a distância entre
 as pessoas. “Queríamos falar sobre como tudo fica mais fácil online, enquanto
 ao vivo as coisas
 acabam bem diferentes”, afirma Felipe Todeschini, de 20.
O Festival Claro Curtas ainda premiou quatros trabalhos nas categorias Livre
 e ONGs , Cineclubes e Pontos de Cultura. Os vencedores ganharam barras de
ouro, cursos e equipamentos de gravação e edição. Foram 1.750 inscritos de
 25 Estados diferentes.
Fonte: O Estado de São Paulo

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