quarta-feira, 9 de julho de 2014

Baixa formação continuada desmotiva professores no Brasil, afirma estudo


Pesquisa do Instituto Ayrton Senna aponta ainda que tutorias como o método mais eficaz


Mais de 70% das atividades de formação continuada de professores no Brasil têm baixa eficácia e aplicabilidade, deixando o docente desmotivado e sem tempo para continuar com os estudos. Os métodos mais eficazes, as tutorias, são adotados apenas por 2% das escolas do país. Estas são principais conclusões do estudo "Formação continuada de professores no Brasil", feito pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) em parceria com The Boston Consulting Group (BCG), consultoria multinacional de gestão empresarial. A pesquisa, inédita, foi divulgada na tarde desta segunda-feira em São Paulo, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Educação, José Henrique Paim.

O estudo ouviu 2.732 educadores entre novembro de 2012 e março de 2013, sendo diretores de escolas (51%), coordenadores pedagógicos (18%) e professores (26%). A partir das respostas, a pesquisa identificou os principais entraves para a formação continuada de docentes no Brasil e traçou linhas de ação para a capacitação dos profissionais.

Mais de 70% dos profissionais consultados no estudo disseram que as atividades oferecidas em sua escola são de caráter coletivo e "fora da sala de aula", como acesso a material didático, reuniões pedagógicas e participação em eventos. Para os pesquisadores, esse enfoque em práticas conjuntas e mais distantes do cotidiano escolar "resulta em iniciativas de baixo impacto na melhoria do ensino".

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