sexta-feira, 15 de julho de 2011

Recursos não são garantia de bom ensino



Pesquisa mostra que investir grandes somas não eleva necessariamente a qualidade. Gestão, valorização de docentes e infraestrutura também pesam
Investir um grande volume de recursos em educação não resulta necessariamente em qualidade. É o que mostra um levantamento feito pela Gazeta do Povo com base em dados do movimento Todos pela Educação. Enquanto Santa Catarina gasta R$ 2.052 anuais por aluno e tem a quarta melhor colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Amapá faz o terceiro maior investimento por estudante no país, com R$ 3.729, mas fica entre os últimos colocados no quesito qualidade. Os resultados mostram que dinheiro é condição necessária, mas não suficiente para melhor proficiência dos alunos.
No ranking do Ideb há uma faixa de estados que consegue bons resultados com investimentos medianos. É o caso da Região Sul. O Paraná, por exemplo, é o segundo colocado no indicador das séries iniciais, com 5,4, mas gasta com educação apenas R$ 2.301 anuais por aluno. A explicação para a boa classificação é que nesses locais as redes municipais e estaduais de ensino estão mais consolidadas e o índice de pobreza da população é menor. “Os dados demonstram que o Brasil precisa tanto ampliar os investimentos quanto otimizá-los e garantir qualidade na gestão”, diz o conselheiro do Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos.
Fonte: Gazeta do Povo

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