sexta-feira, 25 de março de 2011

Campanha quer reduzir cegueira no Brasil

Ótica é um dos assuntos tratados na física, na qual estudamos a luz. Uma das coisas que acabamos estudando são as lentes e aplicações. Quando se fala em saúde, o uso de lentes corretivas e dos chamados defeitos da visão são pontos relevantes. Espero que a campanha descrita abaixo realmente saia do papel, foi num destes testes simples que foi levado para a minha escola, que descobri que teria que usar óculos. Este pode ser seu caso também. Por sorte hoje você pode fazer uma pequena consulta virtual com nossa dica, mas lembre se puder vá regularmente fazer este e outros check-ups. Obrigado pela colaboração prof. Haroldo.
Prof. Osvaldo

Proposta protocolada por oftalmologista no Ministério da Saúde pode evitar a maior causa da baixa visão e cegueira no Brasil - a falta de óculos.
24/3/2011 - 08:27
Proposta protocolada por oftalmologista no Ministério da Saúde pode evitar a maior causa da baixa visão e cegueira no Brasil - a falta de óculos.
Este ano entra em vigor no Brasil a emenda constitucional 59 que obriga ao Estado oferecer educação pré-escolar para criança com idade a partir de 4 anos. O compromisso pode vir acompanhado de outra garantia -  boa saúde ocular. 
Isso porque, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, acaba de protocolar no Ministério da Saúde proposta de "óculos social". Trata-se da distribuição gratuita pelo governo de óculos de grau aos estudantes da rede pública, inclusive aos pré-escolares.

O especialista que é consultor médico da Abióptica (Associação Brasileira da Indústria Óptica) diz que o "óculos social" conta com o apoio da associação que reúne 40 empresas do setor.

Para o presidente da instituição, Bento Alcofarado, a iniciativa pode fortalecer a indústria nacional que tem condições de fornecer ao Estado óculos de qualidade a preço competitivo. "Da mesma forma que a população encontra medicamentos gratuitos nos postos de saúde e farmácias de alto custo, deveria ter acesso garantido aos óculos para assegurar a produtividade e qualidade de vida", afirma o médico.
Mais agilidade na avaliação visual
Ele diz que o SUS (Sistema Único de Saúde) totaliza cerca de 8 milhões de exames oftalmológicos anualmente, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).  Resultado - A fila de espera pela consulta é grande e faz muitas pessoas desistirem do atendimento médico.

Para eliminar consultas desnecessárias, a proposta protocolada no ministério da saúde prevê a padronização da triagem visual nas escolas com testes de visão disponíveis no site http://www.penidoburnier.com.br/. De acordo com Queiroz Neto, das 36 mil crianças triadas por professores das escolas públicas de Campinas, durante o programa Mais Visão realizado pela Fundação Penido Burnier, o número de encaminhamentos excedentes para consulta atingiu menos de 20%.

Isso significa redução de custos com consultas pelo SUS que possibilita a doação de um maior número de óculos. A falta de lentes corretivas representa mais de 50% da  baixa visão, destaca. Como o distúrbio não apresenta outros sintomas,  a trigem é o caminho mais barato e seguro de garantir a boa acuidade visual.
Sinais de problemas oculares na infância
Os principais sinais de problemas oculares entre crianças, elencados pelo médico, são: tombar a cabeça para o lado que pode indicar desenvolvimento desigual entre os olhos (ambliopia), olhos desviados do eixo central (estrabismo), dor de cabeça frequente, tontura, olhos vermelhos, lacrimejamento, aversão à luz, pupila esbranquiçada e baixo rendimento escolar.
Durante a infância, 75% das alterações oculares são decorrentes dos vícios de refração: miopia (dificuldade de enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) e astigmatismo (visão distorcida para perto e longe).
Óculos melhora rendimento escolar, mostra pesquisa
A dificuldade de enxergar está relacionada ao baixo rendimento escolar de metade das crianças. É o que mostra a pesquisa realizada com pais e professores das 950 crianças que receberam óculos de grau no programa, Mais Visão, dirigido por Queiroz Neto.
Os resultados da pesquisa ainda apontam que para professores:
- 51,1% conseguem desenvolver atividades que antes não conseguiam.
- 57% concentram-se mais.
- 49% finalizam tarefas que antes não terminavam.
- 36,2% estão menos agitadas.
Na avaliação dos pais:
- 88% têm maior interesse pelos estudos e concentram-se mais nas tarefas.
- 100% das que sentiam dor de cabeça pararam de se queixar.
- 68% não se incomodam em usar óculos.
- 91% conseguem realizar tarefas que antes não conseguiam.
Fonte: Eutrópia Turazzi

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