Por Marcelo Szpilman*
Quando escuto alguns termos sendo usados de forma errada sinto um
comichão para aclará-los, como já ocorreu com a típica confusão entre peçonha e
veneno. Depois de ver muita gente embaralhando os nomes dos cetáceos, e
chamando a orca de baleia, me senti, mais uma vez, compelido a esclarecer a
questão. Se você é um dos que patina nesse tema, preste atenção.
A ordem dos cetáceos (da classe dos mamíferos) é dividida em dois
grandes grupos: o grupo dos cetáceos com dentes
(Odontocetos) e o grupo dos cetáceos sem
dentes (Mysticetos).
No grupo dos cetáceos com dentes, temos, por exemplo, a orca, os
golfinhos e botos, o cachalote, o narval e a beluga. Por se alimentarem de peixes, lulas e até mamíferos
marinhos (no caso da orca), as espécies desse grupo precisam dos dentes para
segurar essas presas, que encontram através da ecolocalização.
No grupo dos cetáceos sem dentes é que estão as baleias. Elas não têm
dentes, mas possuem as famosas barbatanas (cerdas bucais) que peneiram e retêm
o alimento engolido (zooplâncton e pequenos peixes e
crustáceos) em grandes goladas de água na superfície.
Da mesma forma que seria muito estranho, e errado, chamar o golfinho de
baleia, aprenda que orca é orca, cachalote é cachalote, beluga
é beluga e baleia é baleia.
Mais uma dica: a forma correta de se ler o termo habitat é “habitá” com “t” mudo, e não “habitati”.
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