DISLALIA
Segundo Cezar (2004), a dislalia consiste na omissão, substituição e/ou acréscimo de sons na palavra falada. As falhas de articulação podem ter origens orgânicas (arcada dentária, lábio leporino) e funcionais (a criança não sabe mudar a posição da língua e lábios).
Alguns tipos principais de dislalia podem ser: omissão (não pronuncia alguns sons – “Omei ao ola”: tomei cola cola) e rotacismo (substitui o R, exemplo o “Cebolinha”) .
Figura 2: Exemplo de dislalia pela substituição de letras. |
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DE RITMO
DISFEMIA (GAGUEIRA)
É um distúrbio no ritmo da fala, no qual o indivíduo sabe exatamente o que deseja falar mas, ao mesmo tempo, é incapaz de pronunciar corretamente devido a um prolongamento involuntário repetitivo ou à cassação de um som.
Figura 3: Exemplo de disfemia. |
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA
DISLEXIA
Cezar (2004) afirma que a dislexia consiste em dificuldades apresentadas pelo indivíduo na identificação de símbolos gráficos no início da alfabetização, acarretando fracasso em outras áreas que dependem da leitura e escrita, “embora a criança apresente inteligência normal, integridade sensorial e receba estimulação e ensino adequados” (CEZAR, 2004, p.66).
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) apud Cezar (2004) as dificuldades apresentadas pelas crianças disléxicas:
- Demoram a aprender a falar, a fazer laço nos sapatos, a reconhecer as horas, a pegar e chutar bola, a pular corda;
- Têm dificuldade pra escrever números e letras corretamente;
- Ordenar letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas;
- Distinguir a esquerda da direita;
- Necessita usar blocos, dedos ou anotações para fazer cálculos;
- Apresentam dificuldade incomum para lembrar a tabuada;
- Apresentam compreensão de leitura mais lenta do que o esperado para a idade.
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA
DISGRAFIA
Cezar (2004) afirma que a disgrafia consiste na dificuldade em transcrever o estímulo visual da palavra impressa. Tem como características o traço lento das letras, as quais geralmente se apresentam ilegíveis.
Segundo a autora, os principais tipos de erro que a criança disgráfica apresenta são:
- Apresentação desordenada do texto;
- Margens mal feitas ou inexistentes; a criança ultrapassa ou pára muito antes da margem, não respeita limites, amontoa letras na borda da folha;
- Espaço irregular entre palavras, linhas e entrelinhas;
- [...]
- Distorção da forma das letras a e o;
- Dificuldade na escrita e no alinhamento dos números na página.
DISORTOGRAFIA
Consiste na incapacidade de escrever de maneira correta a linguagem oral, ocorrendo trocas ortográficas e confusão de letras. Cezar (2004) ressalta que esta dificuldade não diminui a qualidade do traçado das letras. Ocorrem confusão de letras, sílabas e palavras.
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DO CÁLCULO
DISCALCULIA
Silva (2008) aponta alguns estudos sobre discalculia, definindo a mesma como:
[...] inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas. É, pois, um distúrbio neuropsicológico caracterizado pela dificuldade no processo de aprendizagem do cálculo e que se observa, geralmente, em indivíduos de inteligência normal, que apresentam inabilidades para a realização das operações matemáticas e falhas no raciocínio lógico-matemático. (SILVA, 2008, p. 16)
Ainda na perspectiva do autor, alguns pesquisadores apontam que as maiores dificuldades apresentadas pelas crianças que possuem discalculia são:
- Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
- Conservar a quantidade, o que a impede de compreender que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas;
- Compreender os sinais de soma, subtração, divisão e multiplicação (+, –, ÷ e x);
- Seqüenciar números, como, por exemplo, o que vem antes do 11 e depois do 15 (antecessor e sucessor);
- Classificar números;
- Montar operações;
- Entender os princípios de medida;
- Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas;
- Estabelecer correspondência um a um, ou seja, não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras;
- Contar através de cardinais e ordinais. (SILVA, 2008, p. 17)
Figura 4. |
REFERÊNCIAS
CEZAR, Monique Augusto. Distúrbios na Aprendizagem. 2004. Disponível em: http://www.avm.edu.br/monopdf/ 7/MONIQUE%20AUGUSTO%20CEZAR. pdf. Acesso em: 09 out. 2013.
FLETCHER, J.M. LYONS, G.R., FUCHS, L.S. BARNES, M.A. Transtornos de aprendizagem: da identificação à intervenção. SP: Artmed, 2009.
GABBARD, Glen O. Tratamento dos transtornos psiquiátricos. São Paulo: Artmed, 2009. Disponível em:
http://books.google.com.br/ books?hl=pt-BR&lr=&id= 9sJxoKh7NJUC&oi=fnd&pg=PA133& dq=transtorno+de+aprendizagem& ots=a-tLYfP7rR&sig= rA36KTcjmjjl0KDSLPkBKZZ5h38#v= onepage&q=transtorno%20de% 20aprendizagem%20da%20leitura& f=true. Acesso em: 08 out. 2013
SILVA, Eva de Jesus. GOMES, Ivanete Pereira. As dificuldades de aprendizagem no período das operações concretas das crianças do I ciclo do ensino fundamental na escola – 2010. Disponível em: http://www.fecra.edu.br/admin/ arquivos/monografia_corrigida. pdf. Acesso em: 05 out. 2013.
SILVA, Wiliam Rodrigues Cardoso da. Discalculia: Uma Abordagem à Luz da Educação Matemática. Bauru, SP: EDUSC, 2011. Disponível em:http://www.educadores.diaadia. pr.gov.br/arquivos/File/2010/ artigos_teses/MATEMATICA/ Monografia_Silva.pdf. Acesso em: 09 out. 2013.
SOUZA, Evanira Maria de, Ir. Problemas de aprendizagem: crianças de 8 a 11 anos.
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