Escrito por Luiz Carlos dos Santos |
Seg, 03 de Junho de 2013 00:00 |
Enquanto objetivos da Iniciação Científica, citam-se: introduzir e/ou disseminar a pesquisa na graduação; despertar vocação para a ciência; incentivar talentos potenciais no ensino de graduação; contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa; proporcionar a iniciação nos métodos científicos, nas técnicas inerentes a cada área do conhecimento; aguçar o desenvolvimento da criatividade na ciência, mediante orientação de pesquisador qualificado; possibilitar a redução do tempo médio de titulação de mestres e doutores. A IC, além dos objetivos elencados, garante visão de mundo mais ampla ao estudante, incentiva o alunado a participar de eventos técnico-científicos sobre sua área de estudos, melhora a concentração e a organização nos estudos; ensina, na prática, o estudante a lidar com imprevistos; propicia maior troca de informações entre aluno e professor. Portanto, ao inclinar-se à iniciação científica o estudante estará dando um passo à frente rumo à sua organização pessoal, visão de mundo e, certamente, quando egresso, será disputado pelas organizações privadas, institutos de pesquisa, agências de inovação ou estará plenamente preparado para ingressar na academia, agora como pesquisador, fazendo parte do quadro funcional. É fácil distinguir, em sala de aula, um professor não está produzindo cientificamente de um professor-pesquisador. Este, com maestria, confere ao estudante uma formação diferenciada, principalmente na condução do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), seja uma monografia ou um artigo técnico científico, por exemplo. De acordo com Beirão (2010): “O desafio da universidade contemporânea é formar indivíduos capazes de buscar conhecimentos e de saber utilizá-los. Ao contrário de outrora, quando o importante era dominar o conhecimento, hoje penso que o importante é ‘dominar o desconhecimento’, ou seja, estando diante de um problema para o qual ele não tem a resposta pronta, o profissional deve saber buscar o conhecimento pertinente e, quando não disponível, saber encontrar, ele próprio, as respostas por meio de pesquisa”. A IC possibilita ao estudante da graduação, sob a orientação de um professor pesquisador (doutor ou mestre), a elaborar um projeto de pesquisa estabelecendo os pressupostos investigativos (formulação do problema ou questões norteadoras e objetivos), bem detalhando o percurso metodológico, a fim elucidar um fenômeno, fato ou ocorrência. Enfim, o aluno aprende a lidar com o desconhecido e a encontrar novos conhecimentos. Cabe ressaltar que o estudante da graduação que participa de IC estará muito mais apto a ingressar em um programa de pós-graduação stricto sensu. Aquele que conseguem passar da graduação para o doutorado, normalmente teve ingresso em programa de iniciação científica. Registre-se que o apoio a programas de iniciação científica no Brasil, por meio de concessão de bolsa, teve expressivo incremento nos anos 2000. Além dos programas estatais (federal e estadual), acresce-se o incentivo a esta estratégia (IC), mediante recursos próprios de algumas Universidades. Ante o exposto, espera-se que a procura por programas de IC cresça a cada período letivo, resultando, consequentemente, na ampliação de fontes para futuras pesquisas e motivação ingressantes em programas de pós-graduação stricto sensu. Referências: BEIRÃO, Paulo Sérgio Lacerda. A importância da iniciação científica para o aluno da graduação. Disponível em: . Acesso em: 1º maio 2011. SANTOS, Luiz Carlos dos. Tópicos sobre Educação, Metodologia da Pesquisa Científica [...]. Salvador: Quarteto, 2007. Leia mais |
terça-feira, 4 de junho de 2013
INICIAÇÃO CIENTÍFICA: um caminho para o estudante de graduação
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