Posted: 06 May 2013 05:51 PM PDT
Por Elisiane Campos de Oliveira Albrecht
Você
provavelmente não deve ter reconhecido o nome que está no titulo deste
texto, porém o dono dele foi muito importante para a Física brasileira
ou, melhor ainda, para Física mundial. Cesar Lattes descobriu, junto com
outros cientistas, a partícula subatômica méson pi. Esta descoberta foi
importante para a compressão do mundo subatômico.
Lattes nasceu em Curitiba no dia 11 de
junho de 1924. Fez parte de seus estudos nesta cidade, formando-se em
Matemática e Física na Universidade de São Paulo. Com apenas 23 anos de
idade, entrou no cenário mundial da Física, com a participação da
descoberta do mesón pi em 1947, impulsionando a Física de Partículas.
Até então muito se falava das partículas indivisíveis, que a matéria era
formada por átomos, a parte indivisível da matéria. Com a descoberta do
grupo de Cesar Lattes as portas para um novo mundo foram abertas.
Existiam teorias que previam a existência de partículas além daquelas
que se conheciam como cargas elementares, porém estas não haviam sido
detectadas até então.
Em
1937 Carl D. Anderson e Seth H. Neddermeyer encontraram na “radiação
cósmica” os sinais de algo que parecia ser a partícula prevista na
teoria de Yukawa. Ele acreditava que era necessário existir uma
partícula maior que elétron, que poderia ser absorvida por prótons e
nêutrons, e com isso poderia haver uma explicação para as forças
nucleares existentes entre estas partículas. No entanto, em 1947
descobriu-se que a partícula de Anderson e Neddermeyer não tinha o
comportamento previsto pela teoria. É aí que temos a entrada do grupo de
Cesar Lattes. Eles conseguiram verificar em seus experimentos a
existência de outra partícula. E com isso temos a abertura para novas
descobertas. Depois da observação destas partículas, foram possíveis
novas teorias e, consequentemente, um novo ramo na física: o das
partículas subatômicas. Mais do que análise de uma partícula, estes
experimentos possibilitaram uma revisão dos conceitos físicos da
matéria.
Além
da contribuição mundial de Cesar Lattes os brasileiros também tiveram
outra contribuição, com a ajuda de outros pesquisadores criaram o Centro
Brasileiro de Pesquisas Física (CBPF).
Cesar Lattes morreu em 2005 vítima de parada cardíaca, deixando um legado imenso na historia da física nuclear.
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