quinta-feira, 31 de março de 2011

Os entraves do ensino a distância

Fiscalização de polos de educação não presencial é desorganizada. Unidades ignoram avaliação do MEC e funcionam sem credencial.
O ensino superior a distância cresceu 254% em quatro anos, chegando a ofertar 1,5 milhão de vagas em 2009. Pelo menos 838 mil alunos cursavam essa modalidade de ensino há dois anos, segundo o último levantamento oficial do Ministério da Educação (MEC). Apesar da grande expansão, os estudantes que escolhem fazer um curso de graduação longe da universidade ainda se deparam com um problema que precisa, com urgência, ser resolvido no Brasil. É difícil eleger uma instituição regularizada entre as 844 unidades que atuam em todo o país: o próprio MEC não tem uma lista totalmente confiável para que os futuros graduandos consultem quais são as instituições credenciadas.
O principal problema é que as 844 instituições de ensino a distância credenciadas podem ter, além da sede, quantos polos presenciais de educação a distância quiserem. Ou seja, uma universidade com sede no Rio de Janeiro pode ofertar cursos de graduação em Boa Vista, Goiânia, Curitiba e outros inúmeros lugares. Para garantir a qualidade desses polos, o MEC manda um consultor fiscalizá-los pessoalmente e, se cumprir com os padrões exigidos, a unidade recebe o credenciamento.

Na prática, porém, nem todos os 5.904 polos credenciados hoje no país funcionam como deveriam. Pior: há alguns que nem aparecem na lista do MEC e ofertam irregularmente cursos de graduação. “Já foram encontrados polos funcionando precariamente em cima de padaria, por exemplo. O aluno precisa de um lugar que faça parte da universidade, que tenha uma biblioteca e não seja uma salinha qualquer. Este estudante não pode ficar abandonado”, afirma a doutora em Educação Stella Cecília Duarte Segenreich, pesquisadora do assunto.
Fonte: Gazeta do Povo
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