Apesar de tudo, existe vida depois do carnaval. Enquanto muitos estavam aproveitando, a grande maioria da população sambou nas empresas. Se fantasiou com o uniforme da empresa e desfilou em ônibus um pouco menos lotados. Finalmente agora o Brasil começa o ano... "vai ... agora vai..." é o samba do criolo doido!
Sem apoio
A NASA manifestou-se em relação à alegação de um de seus cientistas de ter encontrado indícios de vida bacteriana extraterrestre em um meteorito.
A manifestação da NASA não veio na forma de um comunicado à imprensa, como usual, mas de um curto texto no site SpaceRef.
Veja a íntegra do comunicado ao final desta reportagem, negando qualquer endosso da agência espacial ao trabalho do até então Dr. Richard B. Hoover - no blog NASA Watch, a agência nega que o pesquisador tenha um título de doutor, embora vários de seus comunicados anteriores refiram-se a ele com o título de "Dr".
Opiniões ponderadas
Foram publicadas também as primeiras manifestações de cientistas especialistas na área, comentando o artigo publicado por Hoover.
Há duas linhas principais de dúvidas em relação às alegações do pesquisador da NASA.
A primeira é que o meteorito pode ter sido contaminado na Terra, uma vez que o Orgeuil caiu na França em 1864 e vem sendo manipulado desde então.
A segunda é que as estruturas observadas podem não ser fósseis, mas simplesmente cristalizações minerais.
Ambas as dúvidas, dizem os pesquisadores, só poderiam ser tiradas com mais informações e estudos do mesmo meteorito por outros especialistas.
"O problema para Hoover é que não importa quantos artigos ele escreva sobre esse assunto, as pessoas só vão começar a aceitar as descobertas quando elas forem replicadas por outros," afirmou Ian Wright, da Open University, em entrevista à revista Nature.
Iain Gilmour, da mesma Open University, afirma que há evidências de contaminação em um outro meteorito condrito carbônico, o Murchison, que caiu na Austrália em 1969 - são conhecidos apenas nove meteoritos condritos carbônicos.
Sem sujeira
O maior número de especialistas foi ouvido pela revista britânica New Scientist, que dedica um longo artigo intitulado "Alegação de vida alienígena provoca guerra de lama".
Mas a reportagem não suja as mãos, preferindo listar uma série de especialistas que contestam o artigo em bases puramente científicas: a maioria afirmando que é mais provável que as estruturas fotografadas por Hoover sejam minerais, e não fósseis.
"Os cientistas estão agora debatendo se há evidência suficiente para aceitar que as estruturas filamentosas dentro dos meteoritos são, [1] como alega Hoover, organismos biológicos do espaço exterior, [2] se elas são na realidade bactérias terrestres que entraram lá depois que os meteoritos caíram na Terra ou [3] se nada mais são do que estruturas minerais que ocorrem naturalmente e que, para os olhos de um pesquisador ansioso, podem muito bem se parecer com bactérias. Até agora, o consenso é que a última dessas três possibilidades adere mais prontamente ao princípio da Navalha de Occam," afirma a revista.
O princípio da Navalha de Occam propõe que, se há mais de uma explicação para um fenômeno, a mais simples será provavelmente a correta: "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor".
Reputações
A reportagem da Nature também vem em defesa da publicação, afirmando que "o Journal of Cosmology não é uma publicação ordinária" e destaca o peso científico dos seus editores.
Já a Sociedade Internacional de Óptica e Fotônica - SPIE, saiu em defesa de Richard B. Hoover, cujas credenciais estão sendo questionadas.
A sociedade destaca a importância do cientista e os vários artigos científicos já publicados por ele. Hoover foi presidente da Sociedade em 2002 e condecorado em 2009.
Comunicado da NASA
A seguir, o comunicado divulgado em nome da NASA, publicado no site SpaceRef.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Sem apoio
A NASA manifestou-se em relação à alegação de um de seus cientistas de ter encontrado indícios de vida bacteriana extraterrestre em um meteorito.
A manifestação da NASA não veio na forma de um comunicado à imprensa, como usual, mas de um curto texto no site SpaceRef.
Veja a íntegra do comunicado ao final desta reportagem, negando qualquer endosso da agência espacial ao trabalho do até então Dr. Richard B. Hoover - no blog NASA Watch, a agência nega que o pesquisador tenha um título de doutor, embora vários de seus comunicados anteriores refiram-se a ele com o título de "Dr".
Opiniões ponderadas
Foram publicadas também as primeiras manifestações de cientistas especialistas na área, comentando o artigo publicado por Hoover.
Há duas linhas principais de dúvidas em relação às alegações do pesquisador da NASA.
A primeira é que o meteorito pode ter sido contaminado na Terra, uma vez que o Orgeuil caiu na França em 1864 e vem sendo manipulado desde então.
A segunda é que as estruturas observadas podem não ser fósseis, mas simplesmente cristalizações minerais.
Ambas as dúvidas, dizem os pesquisadores, só poderiam ser tiradas com mais informações e estudos do mesmo meteorito por outros especialistas.
"O problema para Hoover é que não importa quantos artigos ele escreva sobre esse assunto, as pessoas só vão começar a aceitar as descobertas quando elas forem replicadas por outros," afirmou Ian Wright, da Open University, em entrevista à revista Nature.
Iain Gilmour, da mesma Open University, afirma que há evidências de contaminação em um outro meteorito condrito carbônico, o Murchison, que caiu na Austrália em 1969 - são conhecidos apenas nove meteoritos condritos carbônicos.
Sem sujeira
O maior número de especialistas foi ouvido pela revista britânica New Scientist, que dedica um longo artigo intitulado "Alegação de vida alienígena provoca guerra de lama".
Mas a reportagem não suja as mãos, preferindo listar uma série de especialistas que contestam o artigo em bases puramente científicas: a maioria afirmando que é mais provável que as estruturas fotografadas por Hoover sejam minerais, e não fósseis.
"Os cientistas estão agora debatendo se há evidência suficiente para aceitar que as estruturas filamentosas dentro dos meteoritos são, [1] como alega Hoover, organismos biológicos do espaço exterior, [2] se elas são na realidade bactérias terrestres que entraram lá depois que os meteoritos caíram na Terra ou [3] se nada mais são do que estruturas minerais que ocorrem naturalmente e que, para os olhos de um pesquisador ansioso, podem muito bem se parecer com bactérias. Até agora, o consenso é que a última dessas três possibilidades adere mais prontamente ao princípio da Navalha de Occam," afirma a revista.
O princípio da Navalha de Occam propõe que, se há mais de uma explicação para um fenômeno, a mais simples será provavelmente a correta: "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor".
Reputações
A reportagem da Nature também vem em defesa da publicação, afirmando que "o Journal of Cosmology não é uma publicação ordinária" e destaca o peso científico dos seus editores.
Já a Sociedade Internacional de Óptica e Fotônica - SPIE, saiu em defesa de Richard B. Hoover, cujas credenciais estão sendo questionadas.
A sociedade destaca a importância do cientista e os vários artigos científicos já publicados por ele. Hoover foi presidente da Sociedade em 2002 e condecorado em 2009.
Comunicado da NASA
A seguir, o comunicado divulgado em nome da NASA, publicado no site SpaceRef.
A NASA é uma agência científica e técnica comprometida com uma cultura de abertura com a mídia e com o público. Embora valorizemos a livre troca de ideias, dados e informações, como parte da investigação científica e técnica, a NASA não pode estar por trás ou apoiar uma afirmação científica a menos que ela tenha sido revisada por pares ou examinada por outros especialistas qualificados.
Este artigo foi submetido em 2007 para o "International Journal of Astrobiology". Contudo, o processo de revisão pelos pares não foi completado para essa submissão. A NASA também não tinha conhecimento do recente envio do artigo para o "Journal of Cosmology" ou da sua subsequente publicação.
Questões adicionais devem ser endereçadas ao autor do artigo.
O texto é assinado pelo Dr. Paul Hertz, cientista chefe do NASA's Science Mission Directorate, em Washington.Fonte: Site Inovação Tecnológica
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