terça-feira, 22 de abril de 2014

Dia do Indio! Saiba mais.



A iniciativa da escolha de 19 de abril para a comemoração do Dia do Índio ocorreu na cidade de Patzcuaro, no México, em 1940, durante o primeiro Congresso Indigenista Interamericano, que tinha por objetivo possibilitar aos governos da América os princípios indispensáveis às políticas indigenistas. A validação dessa institucionalização, no Brasil, se deu no dia 2 de junho de 1943 por intermédio do Decreto Lei n.0 5.540/43, assinado pelo presidente Getúlio Vargas (1882-1954).
Temos mais de 200 povos indígenas brasileiros, com características culturais e línguas (Jê, Tupi, Karibe, Pano e Aruak) diferentes. Por isso, os educadores devem retratá-los como sujeitos históricos não genéricos, pois, de acordo com Maria Elisa Ladeira, da Universidade de São Paulo (USP) e Luiz Augusto Nascimento, assessor do Projeto de Educação do Centro de Trabalho Indigenista (CTI):
“(...) as escolas dos não índios reforçam a ideia de um índio genérico, mostrando um indivíduo estilizado. Professores acentuam o arco, a flecha, a rede, o penacho e a oca como os únicos artefatos do (s) índio (s). Ensinam que Tupã é o deus único e que todos os indígenas no Brasil são falantes de língua Tupi. Durante muito tempo, os índios foram retratados nos livros didáticos seguindo essa concepção, que enfoca os indígenas como personagens distantes da nossa realidade prestes ao desaparecimento, e que devem ser relembrados no dia 19 de abril.”
Conhecer, compreender e valorizar as formas de ser dos povos indígenas são valores humanos que devem fazer parte do imaginário educacional, principalmente dos professores de história. Um dos exemplos é o conhecimento de sua dieta alimentar.

Dieta Mbya-Guarani

Atualmente, muitos índios não têm terras demarcadas ou o terreno não é bom. Sofrem por não poderem plantar sementes de sua dieta alimentar e contam com doações. Zélia Maria Bonamigo, jornalista e mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Paraná, que estudou a economia dos Mbya-Guaranis da Ilha da Cotinga, em Paranaguá-PR, participou de uma entrevista sobre o tema:
Jorge- Os índios são consultados sobre o que desejam receber como doações?
Zélia- Em geral não são. Acabam recebendo muitos alimentos que não fazem parte de sua dieta alimentar tradicional, que é composta basicamente por milho, mandioca, batata doce, mel, melancia, ou seus derivados, e de erva-mate e fumo, que têm sentido específico em seus rituais.
Jorge - As doações são entendidas pelos Mbya-Guaranis como assistencialistas por não serem consultados?
Zélia - Todas as doações que chegam à aldeia são aceitas com alegria. Observo, no entanto, que eles não se contentam em recebê-las passivamente. Os alimentos acabam intermediando algo mais duradouro, que são as relações sociais entre eles e os outros. Já que são doados muitos alimentos da dieta dos não índios, eles os incorporam à sua dieta da mesma forma que procuram estabelecer alianças com os não índios. Assim, mesmo que, de início, uma doação chegue de forma assistencialista, ganha outros significados. Mas é importante que nos acostumemos a consultá-los. Além de respeitoso e educativo é, também, uma prática significativa da escuta do Outro.

fonte: Nota 10 publicações http://www.nota10.com.br/Artigos-detalhes-Nota10_Publicacoes/4616/dia_do_indio_e_educacao_escolar

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Vazamento de material químico faz universidade evacuar prédio no PR

OSNY TAVARES - UOL EDUCAÇÃO - 15/04/2014 - SÃO PAULO, SP
Um dos prédios da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi isolado no final da manhã desta terça-feira (15) após o vazamento de 250 ml de bromo, um elemento altamente tóxico. O acidente ocorreu no laboratório de pesquisa do Departamento de Química e Biologia da instituição, no bairro Ecoville, em Curitiba, durante uma atividade de estudos. Ninguém se feriu.
Após o vazamento, os Bombeiros foram acionados e evacuaram todo o bloco C, que abriga o laboratório. O produto foi neutralizado com a aplicação de reagentes, em uma operação que durou duas horas. Por ser altamente volátil e de fácil contaminação, o prédio de quatro andares permanecerá fechado até a manhã de quarta (16) e as aulas estão suspensas. Os outros blocos seguem com as atividades normais.
O bromo é um halogênio encontrado em estado líquido a temperatura ambiente. É instável, denso e altamente tóxico. Em contato com a pele ou inalado, pode causar a morte ou problemas imediatos de saúde, como inflamação severa na pele e irritação intensa nos olhos e na garganta.

Como Lobos mudam Rios

Por Marcelo Szpilman *

O título enigmático acima é um eficiente meio de atrair sua atenção para o tema de que trata esse artigo. Na verdade, ele é o título de um pequeno e extraordinário vídeo produzido pelaSustainable Man que aborda uma das grandes descobertas da biologia dos últimos 50 anos: a Cascata Trófica __ uma bela expressão para o processo que tem início no topo da cadeia alimentar e se propaga até sua base.

O filme aborda o exemplo da reintrodução dos lobos no Parque Yellowstone, nos Estados Unidos, em 1995, e o quanto esse evento influenciou a vida e o comportamento das outras espécies da cadeia trófica e reconstituiu ecossistemas e nichos ecológicos que influenciaram, mais uma vez, a vida de outras espécies de níveis tróficos mais baixos até a regeneração da vegetação dos vales (base da cadeia). Então, surpreendentemente, constatou-se que os rios mudaram em resposta à volta dos lobos e passaram ter maior fluidez e estabilidade.

O vídeo nos dá a exata dimensão da importância dos animais que estão no topo de sua cadeia alimentar, como os lobos, tigres, leões, onças e tubarões, e nos faz refletir sobre o fato, inquestionável, de que todos os seres de um ecossistema estão conectados e podem manter seu equilíbrio na Natureza quando o homem decide ajudar (ou não atrapalhar).

Recomendo que você assista ao vídeo acessando o link abaixo:

quarta-feira, 16 de abril de 2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

Magneto bate recorde mundial com 38 teslas

Magneto bate recorde mundial com 38 teslas: Bater um recorde no campo dos ímãs resistivos é muito difícil - esses magnetos vêm sendo construídos e aprimorados há mais de um século.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A volta ao mundo em 13 escolas

 `Volta ao mundo em 13 escolas. Sinais do futuro no presente`. Acessível na internet por licença Creative Commons, que permite o compartilhamento de conteúdo, o livro é resultado da pesquisa de quatro autores interessados pela Educação. Eles dedicaram quase dois anos de suas vidas a viagens pelo Brasil e o mundo, em busca de modelos inspiradores de ensino.
Para viabilizar esse sonho, eles se uniram no Coletivo Educ-ação e foram atrás de patrocínio. Visitaram instituições de ensino em nove países, incluindo o Brasil, e registraram mais de 300 conversas, como eles mesmos relatam nas páginas iniciais do livro.
A `Volta ao mundo em 13 escolas` se apresenta em 293 páginas de leitura agradável, que podem ser seguidas de acordo com o interesse do leitor. Os capítulos têm vida própria, qualquer que seja a ordem da leitura. As práticas educacionais relatadas vão dos primeiros anos de escola ao aprendizado adulto e passam por assuntos muito presentes, como o empreendedorismo e a sustentabilidade.
O Brasil entrou nessa viagem com quatro exemplos. Os demais são da Argentina, África do Sul, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Índia e Indonésia.
Vale a pena ler, com calma, capítulo a capítulo, e constatar que a forma como se lida com o conhecimento faz toda a diferença no aprendizado. O mundo mudou, as pessoas mudaram, o ensino precisa mudar.